Resumo

Evidências sugerem que o exercício intervalado de moderada intensidade (EIMI) pode induzir alterações de maiores magnitudes sobre parâmetros cardiometabólicos, quando comparado ao contínuo (ECMI). Entretanto, não existem evidências em pacientes com diabetes tipo 2 (DM2) e hipertensão arterial sistêmica (HAS). O objetivo deste estudo foi comparar o efeito agudo do EIMI versus ECMI na função endotelial, pressão arterial e glicemia capilar de pacientes com DM2 e HAS. Participaram doze diabéticos tipo 2 hipertensos (54,5 ± 3,7 anos). Os pacientes foram submetidos a três sessões experimentais: EIMI (três minutos a 60% do VO2pico para três minutos a 40% do VO2pico), ECMI (50% do VO2pico) e sessão controle. Em relação aos resultados, no desfecho da dilatação mediada pelo fluxo, o EIMI foi superior clinicamente (MDD ≥ 1,11%) ao ECMI após 30 minutos (Δ = 3,28%, p = 0,38), enquanto não houve diferenças após 60 minutos (Δ = -0,03%, p > 0,99). Para a glicemia capilar, não houve diferença clínica (MDD ≥ 32,3 mg/dL) ou estatística entre as sessões de exercício após 30 (Δ = 2,4 mg/dL, p > 0,99) e 60 minutos (Δ = 1,9 mg/dL, p > 0,99). Não houve diferença entre o EIMI e ECMI na pressão sistólica após 30 (Δ = -2,4 mmHg, p > 0,99) e 60 minutos (Δ = -3,1 mmHg, p > 0,99), assim como na diastólica (Δ = -1,9 mmHg e Δ = -1 mmHg, p > 0,99). Em conclusão, o exercício intervalado foi superior ao contínuo na função endotelial, porém apresentou respostas semelhantes na glicemia capilar e pressão arterial.

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