Resumo

INTRODUÇÃO: O estilo de vida (EV) é um importante indicador de saúde, e pode ser alterado no decorrer da vida de um indivíduo. Devido das demandas acadêmicas, a fase universitária é marcada por mudanças de comportamento. Sendo assim, o objetivo deste estudo foi comparar o perfil de Estilo de Vida entre ingressantes e concluintes de um curso de Educação Física. MATERIAIS E MÉTODOS: O estudo caracteriza-se como transversal, descritivo correlacional, de análise quantitativa, em alunos de ingressantes (i) e concluintes (c) de um curso de Educação Física. Para coleta utilizou-se uma ficha sócio demográfica, e o questionário Perfil do Estilo de Vida Individual (PEVI), composto por 15 questões divididas em 5 componentes: Nutrição, Atividade física, Relacionamentos sociais, Comportamentos preventivos e Controle do Estresse. Para cada questão tem-se as seguintes opções de respostas: “nunca” “as vezes” “quase sempre” e “sempre”, possibilitando uma quantificação para cada resposta, de 0,1, 2 e 3, respectivamente. Para a análise dos resultados assume-se que quanto mais próximo de 3, melhor a avaliação de cada componente. Utilizou-se a estatística inferencial para análise dos dados. Estes foram apresentados em média e desvio padrão, adotando p<0,05 nas comparações feitas pelo teste t para amostras independentes. RESULTADOS: O estudo foi realizado com 77 universitários, com idade de 20,10 ± 1,3 anos, dos quais 49 eram ingressantes e 28, concluintes. Quanto do PEVI, o componente Nutrição apresentou os piores resultados (1,57 ± 0,61), enquanto o componente Relacionamentos sociais apresentou os melhores índices (2,10 ± 0,60). Já na Atividade Física (1,88 ± 0,73), Comportamentos Preventivos (1,67 ± 0,58), e Controle do Estresse (1,58 ± 0,67) foram encontrados com valores regulares. Quando comparados os achados entre períodos, foi encontrada diferença significativa nos componentes Comportamentos Preventivos (i=1,77±0,60/c=1,40±0,35/p=0,003) e Controle de Estresse (i=1,67±0,70/c=1,25±0,45/p=0,001) no qual os ingressantes apresentaram melhores médias. CONCLUSÃO: Na avaliação do EV, o componente nutrição foi o pior resultado na amostra, indicando que os universitários não adotam condutas adequadas de alimentação. Além disso, alunos concluintes apresentaram piores resultados em comportamentos preventivos e controle do estresse, indicando risco para a saúde destes alunos.

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