Resumo

Possuir uma boa aptidão física (APF) durante a vida é de extrema importância como um fator protetivo de riscos à saúde. E como um dos riscos podemos associar a prevalência do excesso de adiposidade na população como um todo. OBJETIVO: Comparar os indicadores da composição corporal de acordo com a aptidão física em universitários de ambos os sexos. MÉTODOS: Amostra foi constituída por 63 universitários (44,4% de mulheres) da Universidade Estadual de Londrina/PR. A composição corporal foi obtida por pletismografia de deslocamento de ar utilizando o equipamento Bod Pod (Body Composition System, Life Measurement Instruments, Concord, CA, EUA). Para a aptidão física foram utilizados os seguintes testes: sentar e alcançar (flexibilidade), impulsão horizontal (força de membros inferiores), preensão manual (força de membros superiores), abdominal (resistência muscular) e o Shuttle-Run 20 metros (aptidão cardiorrespiratória). Para o agrupamento da APF, foi calculado o escore z para cada variável de acordo com o sexo, e um escore único foi estabelecido com base na soma dos escores z. Para as análises, foi obtido dois grupos de APF (alto e baixo): <P66= baixa APF; P66= alta APF. Para comparar os indicadores da composição corporal foi utilizado o Teste T de Student para amostras independentes, com significância de 5%.  RESULTADOS: O grupo classificado com alta APF mostrou melhor perfil nos indicadores da composição corporal que seu par baixo APF, exceto na massa livre de gordura absoluta (p=0,541).  Nos demais indicadores diferenças significativas foram observadas favoravelmente ao grupo alta em relação ao baixo APF respectivamente: %Gordura Corporal (19,7 vs. 27,4; p=0,01); Massa Gorda (kg) (13,9 vs. 22,0; p=0,01); %Massa Livre de Gordura (80,1 vs. 72,3; p=0,01). CONCLUSÃO: Conclui-se que jovens universitários que apresentaram alta aptidão física mostraram melhor perfil nos indicadores de composição corporal.