Resumo

Este estudo teve como objetivo comparar indicadores psicofisiológicos do estresse entre atletas de basquetebol adaptado e de basquetebol convencional em situação competitiva. Foi aplicado o método descritivo, com delineamento ex Post Facto / comparativo.Participaram 79 atletas, sendo 38 atletas de basquete convencional e 41 de basquete em cadeiras de rodas, durante as semifinais e finais de jogos estaduais. Foi aplicado o questionário BRUMS, antes e após os jogos como também foram colhidas amostras de salivas dos atletas nas situações repouso, antes e após os jogos das semifinais e finais da competição. Para comparar os momentos pré e pós-jogos nas semifinais e finais dos grupos de basquete sobre rodas e do grupo de basquete convencional e para as variáveis psicológicas (BRUMS) e fisiológicas (cortisol salivar), como para comparar as estas respostas entre vencedores e perdedores foi aplicado a ANOVA de medidas repetidas. Para cada comparação entre pré e pós, foi calculado e apresentado o tamanho de efeito (TE) de Cohen (1988). Para correlacionar a resposta fisiológica do cortisol salivar em repouso com sua resposta antes e após um jogo nos grupos de atletas; foi utilizada a correlação de Spearman, como também para correlacionar o marcador fisiológico de estresse (cortisol salivar) com o questionário psicológico (BRUMS). Foi adotado um nível de significância de 5% (p < 0,05) para todos os testes. Os resultados mostraram que há diferenças significativas entre as respostas da escala de humor BRUMS, entre os grupos de atletas do BCR e do BC, em todas as variáveis negativas: tensão, raiva, confusão mental e depressão, e na positiva, vigor. Também há diferenças entre os grupos, nos diferentes momentos antes e após os jogos, nas fases, semifinais e finais. Em relação a ganhadores e vencidos também ocorreram diferenças significantes nas fases semifinais e finais, tanto no mesmo grupo de atletas, como na comparação dos grupos de basquete de cadeirantes e convencionais Também ocorreram diferenças significativas em relação a vencedores e perdedores, como também entre as modalidades. Em relação a variável fisiológica, a concentração do cortisol dos cadeirantes mostrou-se mais baixa em relação aos atletas convencionais tanto nos vencedores como nos perdedores, no momento pré-jogo, na fase semifinal. Os cadeirantes vencedores, mostraram valores inferiores medianos de 0,82 ng/mL aos atletas convencionais 3,67 ng/mL. Em relação aos perdedores no mesmo momento, os valores foram de 1,36ng/mL dos cadeirantes contra 6,03ng/mL dos atletas convencionais. Houve uma correlação moderada entre as variáveis da concentração de cortisol com a raiva (r=0,311) e o vigor de (r=0,326), no momento pós-jogo, na semifinal por parte dos atletas do BCR.

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