Resumo

O pico de torque é a variável mais frequentemente reportada nos testes isocinéticos e representa o torque máximo gerado em um ponto específico do arco de movimento entre as repetições (AMARAL, et al., 2014), e o modo de contração muscular pode influenciar o desempenho muscular. São frequentes as lesões no tornozelo em função das forças impostas, e os músculos eversores são particularmente importantes para a manutenção da estabilidade em diferentes demandas. O objetivo do presente trabalho foi comparar o pico de torque normalizado pela massa corporal dos músculos eversores do tornozelo durante as contrações concêntrica e excêntrica na velocidade de 120°/s. A amostra foi composta por 19 adultos jovens, sendo 8 homens e 11 mulheres, com idade entre 18 e 30 anos. Os indivíduos foram posicionados sentados, com 70º de flexão do quadril e flexão de joelho entre 30º e 45º e o eixo foi alinhado entre o corpo do tálus e maléolo lateral à 35º de flexão plantar do tornozelo. A avaliação do desempenho muscular dos eversores do tornozelo foi realizada nos modos concêntrico e excêntrico na velocidade 120º/s, sendo realizadas 5 repetições em cada modo de contração, no membro dominante. Foi utilizado teste t pareado para verificar possíveis diferenças entre os modos concêntrico e excêntrico em relação à variável pico de torque normalizado dos músculos eversores do tornozelo. O nível de significância estabelecido foi de α < 0,05. Houve diferença estatisticamente significativa no desempenho muscular dos músculos eversores do tornozelo na comparação dos modos concêntrico e excêntrico em relação à variável pico de torque normalizado na velocidade de 120°/s (p= 0,001), sendo que os valores médios do pico de torque normalizado excêntrico foram superiores aos valores médios do pico de torque normalizado concêntrico. Conclui-se que, a ação muscular excêntrica obteve valores superiores à ação muscular concêntrica em relação à variável pico de torque normalizado na velocidade de 120°/s.

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