Comparação entre a participação esportiva e aspectos cardiovasculares de adolescentes do sexo feminino: abcd growth study
Por Eduardo Zancheti (Autor), Wésley Torres (Autor), Jacqueline Bexiga Urban (Autor), Andrea Wigna Pereira de Jesus (Autor), Ana Elisa von Ah Morano (Autor), Jefferson de Souza Dias (Autor), Jessica Casarotti Miguel Da Silva (Autor).
Em IX Congresso Brasileiro de Metabolismo, Nutrição e Exercício - CONBRAMENE
Resumo
O envolvimento em prática esportiva durante a adolescência pode trazer benefícios para a saúde. A obesidade pode contribuir para o desenvolvimento das doenças cardiovasculares, que podem se iniciar nas primeiras décadas de vida. Ainda não está claro na literatura se a prática esportiva pode afetar os desfechos cardiovasculares entre adolescentes. OBJETIVO: Comparar de acordo com a prática esportiva e desfechos cardiovasculares de adolescentes do sexo feminino. MÉTODOS: Estudo transversal, parte do estudo longitudinal intitulado: "Analysis of Behaviors of Children During Growth" (ABCD Growth Study), desenvolvido na cidade de Presidente Prudente, SP, Brasil. Amostra composta por 127 meninas, recrutadas de escolas e clubes desportivos, com idade entre 11 e 17 anos. A prática esportiva foi autorrelatada. Índice de massa corporal (IMC) foi calculado. Pressão arterial sistólica (PAS) e diastólica (PAD), frequência cardíaca de repouso (FCrep) através de um aparelho automático. Gordura corporal e de tronco foram mensuradas pela densitometria óssea de corpo inteiro. Espessura médio-intimal das artérias carótida (EMIC) e femoral (EMIF) foram mensuradas pela ultrassonografia. Média e desvio padrão foram utilizados para apresentar os dados descritivos. Teste t de Student foi utilizado para comparar a prática esportiva e os desfechos cardiovasculares. RESULTADOS: As meninas não envolvidas em práticas esportivas apresentam maiores valores para idade (p-valor= 0,001), peso corporal (p-valor= 0,046), IMC (p-valor= 0,013), PVC (p-valor= 0,001). CONCLUSÃO: Adolescentes do sexo feminino envolvidas em práticas esportivas parecem apresentar menor EMIF.