Comparação Entre Equações de Referência e o Teste de Caminhada de Seis Minutos
Por Simone Korn (Autor), Janeisa Franck Virtuoso (Autor), Paula Fabricio Sandreschi (Autor), Michelle Gonçalves de Souza (Autor), Giovana Zarpellon Mazo (Autor).
Em Revista Brasileira de Medicina do Esporte v. 20, n 2, 2014. Da página 137 a 142
Resumo
Introdução: Devido à importância do teste de caminhada de seis minutos (TC6), algumas equações têm sido propostas para predizer o resultado esperado. Objetivo: Comparar os valores encontrados em diferentes equações de referência para predição da distância percorrida no TC6 em idosos praticantes de exercícios físicos. Métodos: Participaram 696 idosos de ambos os sexos, sendo 600 mulheres e 96 homens, praticantes de exercícios físicos do Grupo de Estudos da Terceira Idade (GETI), Programa Viver Ativo e do Programa Saúde e Lazer. Para avaliar a resistência aeróbia, foi utilizado o TC6, conforme proposto por Rikli e Jones. Para o cálculo da distância percorrida prevista, foram utilizadas as equações de Enright & Sherrill, Troosters e Enright. Utilizou-se estatística descritiva e inferencial, com nível de significância de 5%. Resultados: A média da distância percorrida prevista pelas equações foram 305,29±46,98 m, 529,05 ±50,31 m e 415,37±38,77m, respectivamente. No TC6, a média foi de 513,05 ± 87,26 m. Observou-se correlação significativa (p< 0,001) entre o TC6 e as equações de Enright & Sherrill e Troosters. Na comparação entre os valores, nota-se que as equações de Enright & Sherrill e Enright subestimam e as de Troosters superestima a resistência aeróbia de idosos praticantes de exercícios físicos. Conclusão: As equações de referência para predição da distância percorrida no TC6 analisadas no presente estudo não refletem a resistência aeróbia de idosos praticantes de exercícios físicos. Novas equações e/ou variáveis devem ser incluídas para calcular com certa precisão a distância percorrida por idosos fisicamente ativos. Dessa forma, as equações analisadas no presente estudo devem ser utilizadas com cautela por pesquisadores e profissionais que lidam com este público no Brasil