Resumo

A força propulsiva gerada durante o palmateio é resultado do somatório das forças de arrasto e de sustentação, sendo que a componente que atua na direção do movimento desejado é igual à força propulsiva efetiva. Essas forças podem ser estimadas a partir de equações hidrodinâmicas, porém essas equações não consideram todos os mecanismos que contribuem para a propulsão. Dessa forma, o objetivo geral do presente estudo foi comparar a força propulsiva efetiva calculada a partir das equações hidrodinâmicas e a força propulsiva efetiva medida durante o palmateio de sustentação (na posição vertical, de cabeça para cima) em cada fase do palmateio. Para isso, uma praticante de nado sincronizado realizou palmateio na posição vertical de cabeça para cima durante 15 segundos, enquanto que dados cinemáticos e cinéticos foram obtidos por viodeogrametria 3D e dinamometria respectivamente. A análise gráfica de Bland e Altman foi usada para comparar as forças propulsivas efetivas medida e calculada durante o palmateio. As forças propulsivas efetivas calculada e medida foram diferentes, sendo a medida maior que a calculada. Ainda, os resultados indicaram que o palmateio executado não foi simétrico, isto é, a orientação e a força propulsiva entre a mão direita e a esquerda foram diferentes. Portanto, o achado do presente trabalho destaca a importância de mecanismos instáveis para a propulsão durante o palmateio, já que as forças estimadas por meio das equações hidrodinâmicas apresentaram resultados inferiores, sendo isso observado ao longo de todo o palmateio.

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