Comparação Entre Intervenções Fisioterapêuticas Unimodais e Multimodais na Síndrome da Fragilidade: Revisão Sistemática
Por Maria do Socorro Morais Pereira Simões (Autor), Patrícia Albuquerque de Moura (Autor), Renata dos Ramos Varanda (Autor), Marina Minardi Nascimento (Autor), José Eduardo Pompeu (Autor).
Em Revista Brasileira de Atividade Física & Saúde - RBAFS v. 20, n 5, 2015. 9 Páginas.
Resumo
A fragilidade pode ser definida como uma síndrome biológica que resulta da diminuição da função de diversos sistemas, conduzindo à vulnerabilidade e pior capacidade do organismo para manter a homeostase frente a eventos estressores. As características físicas da fragilidade envolvem perda involuntária de peso, diminuição do nível de atividade física, cansaço, fraqueza muscular, diminuição do equilíbrio e marcha. Esses sintomas podem comprometer a independência nas atividades de vida diária. A fisioterapia pode melhorar a força muscular, equilíbrio, marcha e aptidão cardiorrespiratória de idosos frágeis, mas não está claro qual é a melhor estratégia: intervenções unimodais ou multimodais, com exercícios combinados. Sendo assim, esta revisão sistemática objetivou: (1) comparar a eficácia de intervenções unimodais e multimodais; (2) analisar os efeitos sobre os resultados clínicos e (3) elucidar qual a melhor modalidade de exercício e suas combinações na melhora dos sintomas físicos e independência em idosos frágeis. Foram realizadas buscas nas bases de dados PubMed, Medline, Pedro, Lilacs e Scielo. Obtivemos 2.579 estudos e 17 foram incluídos na análise. Os estudos incluídos analisaram os desfechos mobilidade, força muscular, equilíbrio, quedas e medo de cair, qualidade de vida e capacidade funcional. Concluimos que as intervenções unimodais e multimodais têm potencial para promover efeitos benéficos, mas os estudos analisados apresentaram falhas metodológicas que afetam a qualidade dos mesmos. Apesar dos benefícios de ambas as intervenções, a qualidade dos estudos não nos permite generalizar esses efeitos. Sugerimos que novos ensaios clínicos devam ser conduzidos, com metodologia de acordo com as recomendações para ensaios clínicos randomizados.