Resumo

A fragilidade pode ser definida como uma síndrome biológica que resulta da diminuição da função de diversos sistemas, conduzindo à vulnerabilidade e pior capacidade do organismo para manter a homeostase frente a eventos estressores. As características físicas da fragilidade envolvem perda involuntária de peso, diminuição do nível de atividade física, cansaço, fraqueza muscular, diminuição do equilíbrio e marcha. Esses sintomas podem comprometer a independência nas atividades de vida diária. A fisioterapia pode melhorar a força muscular, equilíbrio, marcha e aptidão cardiorrespiratória de idosos frágeis, mas não está claro qual é a melhor estratégia: intervenções unimodais ou multimodais, com exercícios combinados. Sendo assim, esta revisão sistemática objetivou: (1) comparar a eficácia de intervenções unimodais e multimodais; (2) analisar os efeitos sobre os resultados clínicos e (3) elucidar qual a melhor modalidade de exercício e suas combinações na melhora dos sintomas físicos e independência em idosos frágeis. Foram realizadas buscas nas bases de dados PubMed, Medline, Pedro, Lilacs e Scielo. Obtivemos 2.579 estudos e 17 foram incluídos na análise. Os estudos incluídos analisaram os desfechos mobilidade, força muscular, equilíbrio, quedas e medo de cair, qualidade de vida e capacidade funcional. Concluimos que as intervenções unimodais e multimodais têm potencial para promover efeitos benéficos, mas os estudos analisados apresentaram falhas metodológicas que afetam a qualidade dos mesmos. Apesar dos benefícios de ambas as intervenções, a qualidade dos estudos não nos permite generalizar esses efeitos. Sugerimos que novos ensaios clínicos devam ser conduzidos, com metodologia de acordo com as recomendações para ensaios clínicos randomizados.

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