Resumo

determinar e comparar as respostas neuromusculares e funcionais em mulheres idosas, entre treinamento de força (TF) tendo suas cargas determinadas por meio de percentual de uma repetição máxima (%1RM) ou pela percepção de esforço (PE) (estudo 1), e por meio de diferentes velocidades de execução, sendo uma tradicional e outra máxima, ambas prescritas pela PE (estudo 2). Métodos: o estudo caracteriza-se como um ensaio clínico randomizado. 37 mulheres idosas (60 – 75 anos), aparentemente saudáveis e não praticantes de TF, foram divididas em três grupos experimentais: grupo de TF com cargas determinadas pelo %1RM com velocidade tradicional de execução (2 segundos para cada fase de contração) (n = 12); grupo TF com cargas determinadas pela PE com velocidade tradicional (n = 13); e grupo de TF com cargas determinadas pela PE e velocidade máxima de execução (n = 12). Após duas sessões de familiarização e uma de caracterização, os grupos foram submetidos ao TF por 12 semanas, com frequência semanal de 2 sessões. O TF consistiu na realização de 5 exercícios (3 membros inferiores e 2 membros superiores), 2 a 3 séries, 8 a 15 repetições, 45 a 70% de 1RM ou índices de percepção de esforço (IEP) de 13 a 18 (Escala RPE de Borg), conforme o microciclo e grupo de treinamento. As avaliações neuromusculares foram constituídas de testes de 1RM, de repetições máximas, de saltos (agachado e contramovimento) e da taxa de produção de força, enquanto que o desempenho funcional foi avaliado por meio dos testes de velocidade de caminhada, de subir degraus, de sentar e levantar, timed up and GO e caminhada de 6 minutos. A comparação entre os grupos durante o estudo foi realizadas através da análise de variância para medidas repetidas com fator grupo, e em caso de interação, o desdobramento foi realizado para análise individual dos efeitos principais, sendo utilizado o pacote estatístico SPPS v.18 ( = 0,05). Resultados: os principais resultados demonstram que não existem diferenças nas adaptações neuromusculares (força máxima, força resistente e potência) entre treinamentos de força prescritos por %1RM e pela PE, sendo ambos efetivos; não existem diferenças nas adaptações neuromusculares (força máxima, taxa de produção de força e potência) entre treinamentos de força realizados em velocidade de execução tradicional e máxima, sendo ambos efetivos; não existem diferenças no desempenho de capacidades funcionais entre treinamentos de força realizados em velocidade de execução tradicional e máxima, sendo ambos efetivos. Conclusão: o treinamento de força prescrito pela percepção de esforço em mulheres idosas, é efetivo nas adaptações neuromusculares e no desempenho das capacidades funcionais. A velocidade de execução utilizada, seja ela tradicional ou máxima, não representa um fator diferencial nas respostas adaptativas estudadas.

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