Resumo

O objetivo do estudo foi analisar a influência de dois modelos de intervenção de exercício físico na aderência, componentes da capacidade funcional, medidas antropométricas, variáveis bioquímicas e nível de atividade física, em adultos da cidade de Rio Claro – SP. Para isso, 82 mulheres foram distribuídas em 2 grupos: (1) - intervenção com frequência e 2 vezes/semana, duração de 60 minutos cada sessão e com orientações sobre hábitos saudáveis e prática de atividade física no final da sessão; (2) - intervenção com frequência de 3 vezes/semana, duração de 90 minutos a sessão e nenhuma orientação sobre hábitos saudáveis e prática de atividade física no final da sessão. Os dados foram analisados no período inicial, após 6 meses e, posteriormente, após 12 meses de intervenção. Para análise estatística foi utilizada ANOVA two-way (2x3) e quando necessário o post hoc de Bonferroni, com p<0,05. Para avaliar a aderência dos participantes foi realizada a análise de sobrevida por meio da Survival Analysis/ Kaplan e Meyer. Os resultados identificados foram os seguintes. Nas variáveis bioquímicas somente, colesterol e glicemia apresentaram interação grupo x momento (p < 0,001; p = 0,002, respectivamente). Medidas antropométricas não apresentaram alteração significativa. Em relação a todos componentes da capacidade funcional, não foram observadas interações grupo x momento (melhoria dos valores da primeira para segunda avaliação e melhora menos acentuada para última avaliação, em ambos os programas.) Com exceção dos minutos despendidos nas sessões das intervenções, ao longo de um ano, ambos os programas não promoveram contribuições significativas para o nível de atividade física no lazer dos participantes. A porcentagem de aderência foi maior na intervenção de 2 dias (47,2%) em relação a de 3 dias (32, 6%). Conclui-se que, diante dos semelhantes benefícios propiciados pelas intervenções, o programa de 2 dias pode apresentar uma maior viabilidade, além de indicar uma maior aderência das pessoas. Assim, o programa de 2 dias pode representar economia para os órgãos públicos de saúde, por apresentar melhor relação custo benefício. 

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