Resumo

A magnitude das respostas neuromusculares, metabólicas e morfológicas de homens e mulheres parece ser bastante diferenciada até mesmo quando esses sujeitos são submetidos a protocolos de exercícios com pesos semelhantes. Todavia, as diferenças no desempenho motor entre homens e mulheres têm sido relatadas predominantemente em protocolos baseados em contrações isométricas e isocinéticas. Assim, o objetivo deste estudo foi analisar o comportamento de homens e mulheres durante séries múltiplas de exercícios com pesos até a exaustão e, posteriormente, verificar possíveis diferenças de desempenho físico entre os sexos em exercícios com pesos com intensidades semelhantes. Para tanto, 83 indivíduos (50 homens e 33 mulheres), 48 horas após serem submetidos a testes de 1-RM nos exercícios supino em banco horizontal, agachamento e rosca direta de bíceps, executaram um protocolo composto por quatro séries a 80% de 1-RM até a exaustão, em cada um dos três exercícios, para avaliação da capacidade de resistência a fadiga nos diferentes grupos musculares. ANOVA e ANCOVA para medidas repetidas, seguidas pelo teste post hoc de Tukey, quando P < 0,05, foram utilizadas para o tratamento dos dados. Verificou-se uma queda significativa de desempenho, tanto nos homens quanto nas mulheres, da primeira à quarta série em todos os exercícios investigados (P < 0,01). Embora a magnitude da fadiga tenha sido maior nos homens, nos três exercícios, o efeito do sexo foi identificado somente no exercício rosca direta de bíceps (P < 0,01). Os resultados do presente estudo indicaram que homens e mulheres apresentam comportamentos relativamente diferentes em séries múltiplas de exercícios com pesos, com as mulheres apresentando um desempenho mais estável e uma maior capacidade de resistência à fadiga, sobretudo, no exercício rosca direta de bíceps.

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