Comparação Entre Testes de Equilíbrio de Campo e Plataforma de Força
Por Renata Alyne Czajka Sabchuk (Autor), Paulo Cesar Barauce Bento (Autor), Andre Luiz Felix Rodacki (Autor).
Em Revista Brasileira de Medicina do Esporte v. 18, n 6, 2012.
Resumo
Vários testes de equilíbrio têm sido utilizados para identificar o controle postural e o risco de quedas em idosos. Entretanto, não se sabe quais testes refletem mais efetivamente a capacidade em manter o equilíbrio. O objetivo deste estudo foi comparar um conjunto de testes de campo de equilíbrio (TC) com os testes de posturografia em plataforma de força (PF) e verificar se esses testes são capazes de discriminar diferenças no equilíbrio entre jovens e idosos. Participaram do estudo 21 jovens (21,7 ± 2,0 anos) e 18 idosos (69,3 ± 7,0 anos) de ambos os gêneros. Os TC foram: escala de equilíbrio de Berg (BBS), escala de equilíbrio orientado pelo desempenho, (POMA), alcance funcional (AF) e levantar e caminhar cronometrado (TUGT). As variáveis analisadas na PF foram: amplitude de deslocamento nas direções anteroposterior (AMP-AP) e médio-lateral (AMP-ML) e trajetória do centro de pressão (TRAJ-CP). Os sujeitos foram avaliados em cinco condições durante 60s cada. Uma ANOVAone-way foi aplicada para determinar diferenças nos testes de equilíbrio entre grupos (jovens x idosos). Além disso, o teste de correlação de Spearman foi aplicado para identificar a associação entre os TC e PF. Os TC foram capazes de diferenciar jovens de idosos (p < 0,05). Os testes na PF também diferenciaram os grupos, exceto na AMP-AP em duas condições. As correlações indicaram que os testes BBS (r = - 0,43 ± 0,04) e TUGT (r = 0,45 ± 0,10) se correlacionaram com maior número de variáveis da PF (p < 0,05) e devem ser preferidos quando a avaliação do equilíbrio for determinada. Outros testes são questionados quanto à sua capacidade de determinar adequadamente o equilíbrio.