Resumo

De acordo com a literatura na área de medidas e avaliação (BARROW & Me GEE, 1978; KIRKENDALL, 1987; MA THEWS, 1986; SAFRIT, 1986), diferentes tipos de escalas podem ser utilizadas como normas em Educação Flsica c Esporte; as três mais comumente citadas pelos autores da área silo: Perccntis, Escala sigma e perfil T. A escolha dos testes, assim como os critérios, e ou as normas a serem utilizados no processo de avaliação de um programa de Educaçilo Ffsicn ou Esporte dependem dos objetivos a serem alcançados nn execução do mesmo. No entanto, observa· se que os escores brutos de um mesmo individuo podem equivaler a escores escalonados iguais ou não quando os três tipos de escalas de normas - pcrcentis, perfil T e escala sigma - s!lo comparados. A presente pesquisa visou verificar a existência de diferença(s) significativa(s) entre três tipos de escalas (normas), a saber: percentis, escala sigma e perfil T • quando as mesmas são utilizadas no processo de avaliação da aptidão fisica de indivíduos de ambos os sexos de 7 a 17 anos. A pesquisa foi realizada com uma amostra de 1380 escolares de 7 a 17 anos, de ambos os sexos, da cidade de Viçosa - M.O., os quais foram submetidos à uma bateria de testes de aptidão fisica (força abdominal, força de pernas, força de braços, flexibilidade do quadril e resistência acróbica) conforme preconizado por BÚHME & FREITAS (1989). Foram considerados 22 (vinte e dois) grupos diferentes. Os dados foram analisados através de análise de variância multivariada para medidas repetidas. De modo geral, nos grupos etários estudados foram observadas diferenças significativas entre as médias dos valores das três normas consideradas. Na maioria dos grupos considerados, não foi verificada a existência de diferenças significativas entre os resultados do percentil e do perfil T; no entanto, entre os valores médios dos percentis e do perfil T comparados aos resultados na escala sigma, observou-se a existência de diferenças significativas. Conclui-se que a utilização de normas em percentis ou do perfil T é indiferente na avaliação da aptidão fisica nesta faixa etária; no entanto, a utilização da escala sigma leva a valores médios estatisticamente diferentes, quando comparados aos valores obtidos pela utilização de percentis ou perfil T.

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