Resumo

O autor enfatiza a biomêcanica da locomoção, além do estudo do músculo gastrocnêmio e examina as raças de cor negra e branca para constatar possíveis diferenças entre elas. Recorda, para justificar seu trabalho, a observação de Richet (1973): "Esta disposição anatômica que alonga consideravelmente o braço de alavanca pela qual os músculos extensores agem sobre o pé, favorece singularmente a marcha e justifica a agilidade incomparável dos negros sobre os brancos." Procede um estudo descritivo do músculo gastrocnêmio, buscando confirmar em suas dissecções a maior predominância e um alongamento maior da porção muscular medial e recorda a declaração de Harry, Letoumean e Bloch, citados por Rocha (1971), ao estudarem os negros da Níbia e Austrália: "Eles têm as pernas fusiformes, que num bom número de casos, formam, com o tronco, se bem desenvolvido, um contraste que choca o olhar". Revê as disposições encontradas pelos autores, estatísticas e resultados colhidos na análise das medidas e nos índices de Frey, citado por Ramalho (1977), relacionados à tíbia e ao comprimento do calcâneo, sendo este último o ponto focal da importância desta pesquisa, falando a favor desta alavanca mais propícia encontrada na raça negra comentada anteriormente. Considera, também, o tipo de fibra muscular encontrada na raça negra. Justifica este predomínio no tocante à potência e explosão em corridas de curta distância.

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