Resumo

O toss é um dos componentes mais importantes do saque. O objetivo deste estudo é verificar diferenças entre o lançar a bola (toss) nos eixos mediolateral, vertical e anteroposterior da posição da bola, tanto do primeiro quanto do segundo saque, nos instantes: perda do contato com a mão do praticante; altura máxima atingida; contato com as cordas da raquete; contato com as cordas da raquete na posição escolhida pelo indivíduo como a melhor posição da bola para ser atingida. A amostra foi constituída de sete tenistas competitivos, com média de idade de 15 (1,1) anos de idade e que praticam a modalidade, em média, há 6,7 (3,5) anos. As imagens da realização dos saques foram capturadas por duas câmeras (30 Hz). Foram realizadas séries de saques consecutivos, do primeiro e do segundo, até que fosse atingida a marca de 15 saques no centro da área de saque, simulando o saque no corpo do adversário. A digitalização dos saques foi realizada através do software Dvideow. Para análise dos dados, foi realizado o teste t pareado, com nível de significância de 0,05 através do software estatístico Statistical Package for Social Science – versão 17.0. Na situação contato da bola com as cordas da raquete, ao se comparar a posição da bola no eixo anteroposterior, os valores do primeiro saque apresentaram-se significantemente (t=2,57; p=0,04) maiores do que os valores do segundo saque. Na situação considerada como ideal para o contato das cordas da raquete, ao se comparar a posição da bola no eixo mediolateral, os valores do primeiro saque apresentaram-se significantemente (t=2,57; p=0,04) maiores do que os valores do segundo saque. Pode-se concluir que, no instante do impacto com as cordas da raquete, a posição da bola é a mesma, tanto em condições reais de saque, quanto em condições ideais. Ao golpear a bola, esta se encontra mais a frente do atleta no primeiro saque, se comparado ao segundo. Ao posicionar a bola onde ela idealmente deveria estar no instante de contato com as cordas da raquete, atletas jovens a posicionam mais próxima ao corpo, no eixo mediolateral, para realizar o segundo saque. Contudo, isto não ocorre quando o saque é efetivamente realizado. Em todas as condições estudadas, a posição da bola no eixo vertical apresentou menor variabilidade.

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