Comparação da Potência Anaeróbia Entre Praticantes de Ciclismo Indoor e Outdoor Comparação da Potência Anaeróbia Entre Praticantes de Ciclismo Indoor e Outdoor
Por Renato André Sousa da Silva (Autor), Maria Fátima Glaner (Autor), Nilza Maria do Valle Pires Martinovic (Autor).
Em XI Congresso de Educação Física e Ciências do Desporto dos Países de Língua Portuguesa
Resumo
Introdução: o ciclismo é uma modalidade desportiva bastante praticada
mundialmente por ciclistas profissionais e amadores, tanto em ambientes indoor
como outdoor (estrada). Este estudo teve como objetivo comparar a potência
anaeróbia entre indivíduos praticantes de ciclismo indoor (CI) e outdoor (CO).
Materiais e Métodos: a amostra foi de 22 indivíduos do gênero masculino,
idade de 30,5 ± 9,18 anos, com tempo de prática de CI e CO superior a três
meses e, freqüência de 3 a 5 treinos semanais. Foram formados dois grupos,
sendo: grupo CI (GCI) e grupo CO (GCO); havendo 11 indivíduos para cada
grupo. Os voluntários responderam um termo de consentimento livre e
esclarecido para participação no estudo. Antes dos testes foram coletados
medidas antropométricas a fim de caracterizar a amostra. Foi utilizado o teste
de Wingate, o qual foi precedido, de aquecimento de cinco a sete minutos de
duração, intercalado com tiros de seis segundos a cada minuto. Os parâmetros
de potência anaeróbia medidos foram: potência de pico, trabalho total, potência
máxima, queda de potência, tempo para potência máxima e duração da potência
máxima. Para análise estatística foi feito o teste t de student com p= 0,05.
Resultados: o GCO apresentou respectivamente os valores de: 924,82 ± 103,56
W, 21,18 ± 2,55 Kj, 913,73 ± 104,26 W, 25,91 ± 6,11% , 2,18 ± 0,51s e 3,56 ±
0,74 s. Já o GCI apresentou, respectivamente: 817,55 ± 286,98 W, 22,22 ±
3,40 Kj, 807,00 ± 285,73 W, 21,64 ± 6,34%, 3,13 ± 0,78 s e 4,02 ± 1,94 s.
Discussão: ocorreu significância somente na variável tempo para potência
máxima, com p= 0,05, evidenciando assim, que o GCO alcançou o pico de
potência em um tempo menor, se comparado ao GCI. Isto pode ser explicado
pela relação volume/intensidade, que no treinamento do CO tende a ser maior
que no CI e, também, pela natureza da modalidade outdoor, em que os
praticantes deparam-se nos treinamentos, com situações não passadas pelos
praticantes de CI, como por exemplo a resistência do ar e o atrito do pneu com
o solo. Conclusões: os praticantes do GCO, pela especificidade de sua
modalidade, parecem ter uma condição que priorize o condicionamento da
potência anaeróbia do sistema alático, tendo assim, uma maior potencialização
deste sistema.