Resumo

FUNDAMENTOS E OBJETIVO: O limiar anaeróbio, que pode ser determinado a partir do método ventilatório, tem sido proposto como um marcador de capacidade e como referência para prescrição de treinamento em exercícios de resistência aeróbia. O objetivo deste estudo foi comparar o consumo máximo de oxigênio (VO2MÁX) e o limiar ventilatório (LV) de ciclistas e triatletas, durante teste em cicloergômetro. MÉTODOS: Doze atletas do ciclismo e 13 atletas do triatlo foram submetidos a um teste de esforço máximo, para a determinação do VO2MÁX e LV, que foi mensurado por meio de medida direta, utilizando um ergoespirômetro. O valor do VO2MÁX foi considerado o maior valor mantido durante 30 segundos consecutivos durante o teste. Os equivalentes ventilatórios de oxigênio e de dióxido de carbônico, a pressão parcial de oxigênio e a pressão parcial de CO2 (PETCO2) foram plotados em um gráfico, em função da carga. A partir desses gráficos, o LV foi determinado usando o critério do aumento dos equivalentes ventilatórios com concomitante redução na PETCO2. RESULTADOS E CONCLUSÃO: Houve diferença (p < 0,05) para o VO2MÁX (57,72 ± 3,92 e 49,47 ± 5,96kg·ml-1·min-1), VO2 no LV (46,91 ± 5,96 e 42,16 ± 4,97kg·ml-1·min-1) e freqüência cardíaca máxima (FCMÁX) (188,83 ± 12,89 e 174,61 ± 13,79bpm) entre ciclistas e triatletas, respectivamente. Entretanto, não houve diferença para o %VO2MÁX no LV (81,42 ± 7,61 e 85,18 ± 6,87%), freqüência cardíaca correspondente ao LV (168,5 ± 13,79 e 157,23 ± 16,15bpm) e %FCMÁX no LV (89,23 ± 6,98 e 90,05 ± 1,04%) entre ciclistas e triatletas. Concluiu-se que ciclistas e triatletas apresentaram diferenças quanto ao seu condicionamento aeróbio, pois apresentaram adaptações fisiológicas distintas.

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