Competências da dupla carreira de estudantes-atletas de modalidades paralímpicas do estado do paraná
Por Arnaldo Vaz Junior (Autor), Guilherme Alves Grubertt (Autor), Sara Márquez (Autor), Caroline K. U. Izac (Autor), Shauane E. F. Silva1 (Autor), Glênio V. S. Oliveira (Autor), Helio Serassuelo Junior (Autor).
Em IX Congresso Brasileiro de Metabolismo, Nutrição e Exercício - CONBRAMENE
Resumo
A dupla carreira representa o processo de formação esportiva em concomitância com a formação educacional ou vocacional. As competências da dupla carreira são caracterizadas pelas habilidades que permitem os atletas combinarem efetivamente a formação educacional com a carreira esportiva. Até o atual momento não há evidências sobre as competências da dupla carreira de estudantes paratletas brasileiros. OBJETIVO: Comparar as competências da dupla carreira de estudantes paratletas conforme nível de competição. MÉTODOS: 58 estudantes paratletas (Midade= 26,2 + 11,3; 67,2% masculino) de diferentes modalidades participaram desse estudo. Os atletas foram categorizados conforme nível de competição (Escolar, Estadual, Nacional e Internacional). O instrumento utilizado foi a versão brasileira do Dual Career Competency Questionnarie for Athletes, que avalia as atitudes de estudantes atletas e apresenta quatro fatores: Gestão da dupla carreira (GDP), Planejamento de carreira (PC), Consciência emocional (CE) e Inteligência social e adaptabilidade (ISA). Foi realizado o teste ANOVA-One Way com post hoc de Hochberg. O pressuposto de homogeneidade de variância foi avaliado por meio do teste de Levene. RESULTADOS: Teste de Levene demonstrou que os grupos apresentaram homogeneidade de variância GDP [(Levene (3, 54) = 0,82; p > 0,05)], PC [(Levene (3, 54) = 0,99; p > 0,05)], CE [(Levene (3, 54) = 0,57; p > 0,05)] e ISA [(Levene (3, 54) = 2,09; p > 0,05)]. Os resultados da ANOVA demonstraram que houve diferenças entre os grupos nos fatores CE [F(3) = 3,294, p < 0,05; h2 = 0,155] e ISA [F(3) = 3,404, p < 0,05; h2 = 0,159]. Teste post-hoc de Hochberg, demonstrou que foram encontradas diferenças significativas entre o grupo de nível escolar e nacional para o fator CE [(ΔM = -0,55; EP = 0,18; p < 0,05; IC 95% (-1,06 - -0,03)] e uma diferença marginalmente significativa entre os mesmos grupos e o fator ISA [(ΔM = -0,45; EP = 0,18; p = 0, 61; IC 95% (-0,96 - 0,04)]. CONCLUSÃO: Estudantes paratletas de menor estrato competitivo possuem um escore menor nas competências CE e ISA quando comparados ao nível nacional. Cabe ressaltar que as competências que apresentaram diferenças estão relacionadas aos aspectos de saúde mental e socialização. Esse desfecho pode potencializar pesquisas associadas aos aspectos de saúde mental de estudantes-paratletas, além de estimular diversos setores e agentes responsáveis que compõem esse cenário.