Competências Requeridas Ao Treinador de Futebol: Um Olhar a Partir dos Jogadores de Futebol
Por Luis Felipe Nogueira Silva (Autor), Hudson Rafael Martins Prado (Autor), Alcides José Scaglia (Autor).
Em II Congresso Internacional de Pedagogia do Esporte FCA-UNICAMP/SESC - CONIPE
Resumo
Introdução: A discussão sobre as competências necessárias que a função do treinador de futebol depreende perpassa pela contemporização do acúmulo de conhecimento e as situações de aprendizagem a que estão passíveis. A aplicação consistente dessas competências integradas ao conhecimento profissional, interpessoal e intrapessoal, servirão de alicerce para a projeção de quatro aspectos tidos como vitais para o desenvolvimento do atleta pelo treinador em diferentes contextos: competência, confiança, conexão e caráter. (COTÉ, 2009). Objetivo: Investigar e analisar percepções de jogadores de futebol profissional quanto as competências às quais o treinador de futebol deveria se inclinar para lograr êxito em sua profissão. Métodos: Foram realizadas 16 entrevistas semiestruturadas com jogadores de futebol federados à Federação Paulista de Futebol e de diferentes faixas etárias. Em seguida, foi utilizada a análise de conteúdo (BARDIN, 2009) para exploração de dados. Resultados: Foram retiradas, das entrevistas, 28 unidades de contexto que inicialmente passaram por uma análise indutiva, para em um segundo momento, serem enquadradas, dedutivamente, em três categorias de competências: interpessoal, intrapessoal e profissional. Houve leve sobreposição das unidades de contexto proeminentes às competências interpessoais (40%) em relação às competências profissionais (35%) e intrapessoais (25%). Conclusão: O equilíbrio proporcional de forças entre o tridente de categorias ratifica a percepção de que os jogadores tendem a demandar um leque alargado de competências (PACHECO, 2005), não existindo um perfil único de treinador ideal e sim o que atua conforme às circunstâncias e necessidades de intervenção.