Resumo

O objetivo deste estudo foi verificar a influência da prática regular de atividades físicas de lazer e da aptidão física sobre a prevalência de lombalgia em 200 mulheres (34±11 anos) e 128 homens (33±11 anos) que procuravam a prática supervisionada de atividades físicas. 24% apresentaram relato positivo de lombalgia, sendo este mais prevalente nos homens (35%) que nas mulheres (29%). A flexibilidade foi avaliada utilizando-se o Flexiteste, considerando os seguintes movimentos: flexão do quadril (FLQ), extensão do quadril (EXQ), abdução do quadril (ABQ) e flexão anterior do tronco (FLT). Outras variáveis observadas foram peso, IMC, VO2 máx, percentual de gordura e circunferência abdominal. Foram considerados sedentários os que apresentavam, nos últimos três meses, freqüência semanal de atividades físicas de lazer (FSA <1, como pouco ativos 1£FSA<3 e como fisicamente ativos FSA³3. A regressão logística demonstrou que havia associação significativa (p<0,05; R=0,29; R2=0,09) apenas entre a prevalência de lombalgia e FLQ, esta última exercendo efeito causador (odds-ratio=2,2), e FLT, exercendo efeito protetor (oddsratio= 0,5). Esses resultados sugerem que na prevenção e tratamento da lombalgia, os exercícios de alongamento para aumentar a flexibilidade na flexão do quadril devem ser evitados, enquanto aqueles para melhorar a flexibilidade na flexão anterior de tronco devem ser encorajados. PALAVRAS-CHAVE: lombalgia, prevalência, flexibilidade, avaliação funcional, aptidão física, atividades físicas de lazer.