Comportamento do Consumo Máximo de Oxigênio e da Composição Corporal Durante o Processo Maturacional em Adolescentes do Sexo Masculio Participantes de Treinamento de Futebol
Por Luís Paulo Gomes Mascarenhas (Autor), Antonio Stabelini Neto (Autor), Rodrigo Bozza (Autor), Cleber José Cézar (Autor), Wagner de Campos (Autor).
Em Revista Brasileira de Ciência & Movimento v. 14, n 2, 2006. Da página 49 a 56
Resumo
Introdução: pesquisas analisando o consumo de oxigênio vêem sendo conduzidas com o intuito de elucidar o comportamento da capacidade aeróbia durante a infância e adolescência, entretanto, muitas lacunas ainda necessitam de respostas devido aos poucos trabalhos levarem em conta a maturação sexual e a composição corporal. Objetivo: comparar o consumo máximo de oxigênio e a composição corporal entre praticantes de treinamento de futebol em diferentes estágios de maturação sexual. Metodologia: foram avaliados 99 adolescentes masculinos divididos pelos estágios de maturação sexual (EMS): EMS 1 (n=18), EMS 2 (n=21), EMS 3 (n=23), EMS 4 (n=17) e EMS 5 (n=16). Para determinar o VO 2 máx foi utilizado o teste de Leger. Para composição corporal foram utilizados o índice de massa corporal e o percentual de gordura, estimada através da equação de Slaughter. O tratamento estatístico utilizou a ANOVA e o post-hoc de Tukey para a determinação das diferenças entre os estágios maturacionais com p<0,05. Resultados: a análise de variância indicou diferenças significativas entre os EMS para o índice de massa corporal (F=8,8; p<0,01) sendo o EMS 5 diferente do 1, 2 e 3 e o EMS 4 diferente do 2. Para o VO2 max (L/min) (F=43,7; p<0,01) todos os EMS se diferenciaram com exceção do EMS 1 para o 2. Conclusão: o VO2 max absoluto continua a se elevar, entretanto o VO2 max relativo (ml/kg/min) não diferiu significantemente entre os estágios, quanto à composição corporal verificou-se que o índice de massa corporal se eleva, enquanto o percentual de gordura se estabiliza.