Comportamento da força de membros inferiores pós-jogo em atletas de futebol
Por LS Marinheiro (Autor), CLT Fonseca (Autor).
Resumo
o controle da resposta física após um esforço físico, especialmente em jogos de futebol, tem sido um dos maiores desafios para o controle de carga. Atualmente, um dos testes de desempenho muito utilizado para este monitoramento é o de Salto Vertical (SV), teste esse que se mostra eficiente ao apontar a fadiga gerada após exercícios de alta intensidade.
Objetivos: avaliar o comportamento da força de membros inferiores pós jogo de atletas de futebol.
Métodos: aplicação do teste Counter Movement Jump (CMJ), em 16 atletas de futebol das categorias de base, com 19,1 ± 0,96 anos, 73,62 ± 7,57 kg, e estatura 1,80 ± 0,04 divididos em 2 grupos, sendo o G1 composto por atletas com tempo de participação em torno de 2/3 do jogo, os quais atuaram entre 61 a 71 minutos (n=8); e (G2) formado por atletas que jogaram aproximadamente 1/3 da partida, compreendendo um tempo de participação entre 23 e 33 minutos(n=8). Os dados foram coletados pré e pós-jogo, e nos dois dias subsequentes (24 e 48 horas), após um único jogo amistoso durante o período pré-competitivo do processo de preparação para uma importante competição de nível nacional. Foram incluídos atletas com frequência superior a 80% nas atividades de treinamento individuais e coletivos e todos os atletas se mantiveram aptos em todos os momentos das coletas. O tratamento estatístico empregado foi inferencial com nível de significância (p<0,05).
Resultados: os resultados do CMJ para o G1 foram de 48,5 ± 3,4 antes do jogo, imediatamente finalizada a partida: 46,8 ± 3,2, após 24 horas: 45,0 ± 3,6 e após 48 horas: 46,6 ± 3,6. Já o G2 apresentou 48,0 ± 3,5 pré-jogo e imediatamente finalizada a partida: 46,4 ± 3,5, após 24 horas: 45,0 ± 3,1 e após 48 horas: 46,4 ± 3,5. Portando houve diferença significativa nos momentos de CMJ1, CMJ2, CMJ3 e CMJ4, para G1 e G2.
Conclusão: independentemente do tempo de atuação na partida houve uma piora na capacidade de força explosiva registrada pelo CMJ, sendo maior nas primeiras 24 horas.
