Comportamento da Temperatura Corporal e Frequência Cardíaca de Bebês em Uma Aula de Natação
Por Carla Nogueira (Autor), Aurea Mineiro (Autor), Claudio Scorcine (Autor), Rodrigo Pereira (Autor), Fabrício Madureira (Autor), Camila Duarte (Autor).
Em 40º Simpósio Internacional de Ciências do Esporte SIMPOCE
Resumo
Introdução: Programas de estimulação aquático com bebês são investigados desde o final da década de 30 (McGraw, 1939) e os resultados do século passado sempre foram muito instigantes (McGraw, 1971; Diem, 1975; Erbaugh, 1986) e em sua maioria são robustamente confirmados com achados atuais (Pereira et al, 2011; Barnet et al, 2012; Dias et al. 2013). Entretanto, investigações transversais, como experimentos envolvendo efeitos de estratégias de desencadeamento de movimentos (Campi et al, 2004; Gollegã et al, 2006; Madureira et al, 2007; Morcélli et al., 2015; Nogueira et al 2016) e ou ajustes fisiológicos dos mesmos frente as sessões de estimulação aquática (Barboza et al. 2004; Madureira et al., 2008; Pedroso, et al., 2012) podem minimizar especulações negativas, bem como potencializar intervenções cada vez mais eficazes. Objetivo: Investigar as respostas agudas de temperatura corporal e frequência cardíaca de bebês em uma sessão de estimulação aquática. Métodos: Dezesseis bebês com média de idade 1 ano e 9 meses participaram do experimento. As coletas foram realizadas na piscina da academia em que os mesmos fazem aula duas vezes por semana durante 45 minutos. A temperatura da água foi de 31 graus. As variáveis registradas neste estudo foram: temperatura corporal, que foi aferida por um termômetro auricular ThermoScan-Braun, e a frequência cardíaca aferida por palpação, por profissional treinado. Todas as variáveis foram aferidas em 4 momentos distintos, que foram: Inicio, 15’, 30’ e final da aula. Estatística: Após a confirmação da não normalidade dos dados optou-se pela análise estatística de correlação de Spearman e análise de medidas repetidas com post hoc de Bonferroni. Resultados: Quando feita a correlação de peso e altura desses individuos não houve resultados significativos. Pra as demais variaveis ver tabela. Conclusão: Os dados indicam queda de 1º grau na temperatura corporal dos bebês investigados, durante os primeiros 15’, e este ajuste se manteve para todo o restante da sessão. Não foram evidenciadas diferenças na Fc ao longo do experimento. A análise de correlação não indicou interação com a temperatura, mas sim com a Fc nos momentos 1 e 3, sugerindo que bebês mais maduros apresentaram Fc maior. Dados futuros podem se centrar no tempo de prática dos bebês, tempos de aula e temperaturas da água.