Resumo

Objetivo: o objetivo deste estudo é investigar a relação entre a ativação nervosa autonômica e a termografia infravermelha após um protocolo de exercício excêntrico. Materiais e Métodos: A amostra foi composta por dez voluntários do sexo masculino, fisicamente ativos com faixa etária compreendendo dos 18 aos 30 anos. Os sujeitos foram alocados em um único grupo experimental. Foram realizadas no laboratório as seguintes coletas: variabilidade da frequência cardíaca (VFC), escalas subjetivas de dor e recuperação, avaliação termográfica e testes de saltos. O protocolo de exercícios para induzir dano muscular foi composto por saltos pliométricos. Todos os procedimentos supracitados foram repetidos nos momentos de recuperação de 24 horas, 48 horas e 72 horas. Resultados: Os resultados para EVA demonstraram aumento significativo nos momentos pós protocolo 24, 48 e 72h (p=0,000; p=0,000 e p=0,002) quando comparado ao basal, o mesmo foi verificado para os resultados de PSR, apresentando uma redução no momento 72h (p=0,003). Para a temperatura irradiada da pele, verificou-se aumentos significativos na distribuição de pixels para as regiões anterior de coxa nas zonas fria e neutra nos momentos 24h e 48h, respectivamente (p=0,001; p=0,035; p=0,035; p=0,001) e na região posterior nas zonas fria nos momentos basal, 24, 48h (p=0,034; p=0,000; p=0,017) e quente em todos os momentos (p=0,006; p=0,003; p=0,003; p=0,045). Já na região anterior de perna diferenças significativas encontradas nas zonas fria no momento 24h (p=0,000) e neutra no basal e 24h (p=0,039; p=0,000) e os valores na região posterior diferenças na zona fria no basal e 24h (p=0,027; p=0,002) e neutra no momento basal (p=0,038). Para os valores da VFC, a razão LF/HF houve diferenças significativa em todos os momentos de análise (p=0,000; p=0,011; p=0,002; p=0,013). Quando analisado índices separadamente em %HF houve diferença nos momentos 24h-48h e 48h-72h (p= 0,016; p=0,015) e %LF apresentou diferenças significativas em todos os momentos analisados. Conclusão: Ao descrever o comportamento da temperatura irradiada da pele pela TI, assim como a participação autonômica pela VFC no domínio da frequência, frente ao protocolo indutor de dano muscular. Com base nos achados, podemos predizer que estes métodos podem ser utilizados para avaliar os efeitos do exercício excêntrico sobre respostas fisiológicas de controle térmico da pele e da modulação autonômica simpática e parassimpática, como forma de monitoramento para possíveis lesões musculares.

Acessar