Comportamento de parâmetros perceptivos e sinais e sintomas durante e após terapia baseada em realidade virtual com restrição de fluxo sanguíneo em idosas
Por Lucas Leonardo Marcelino Joia (Autor), Mariana Calderan Ruy (Autor), Silas de Oliveira Damasceno (Autor), Gabriella Souza Oliveira Meireles Pimenta (Autor), Driely Stephan (Autor).
Em IX Congresso Brasileiro de Metabolismo, Nutrição e Exercício - CONBRAMENE
Resumo
A restrição de fluxo sanguíneo (RFS) e a terapia baseada em realidade virtual (TRV) são modalidades de exercício comumente exploradas na prática clínica e na pesquisa em idosos. No entanto, não há estudos que combinaram essas duas intervenções e compararam o comportamento de parâmetros perceptivos e os possíveis sinais e sintomas com a sua realização. OBJETIVO: Avaliar o comportamento dos parâmetros perceptivos e dos sinais e sintomas durante e após uma sessão de TRV com ou sem RFS em idosas. MÉTODOS: Trata-se de um ensaio clínico randomizado cruzado em que 17 idosas (66,82±4,11 anos) foram divididas aleatoriamente em três grupos: TRV-RFS, apenas TRV e controle (GC). Para a TRV, foi utilizado o videogame Nintendo Wii® com os jogos Hulla Hoop, Free Run e Free Step, com duração total de 21 minutos aproximadamente. Para o grupo TRV-RFS, a oclusão ocorreu em 40% da pressão de oclusão absoluta na coxa proximal dos membros inferiores das participantes. O GC recebeu uma conduta educacional com a mesma carga horária dos demais grupos. Inicialmente foi realizada a intervenção previamente randomizada, onde ao longo das intervenções, possíveis sinais e sintomas foram coletados, além da percepção subjetiva de esforço pela escala Borg. Ao fim das intervenções, iniciou-se o período de recuperação com duração de 60 minutos, onde novamente foram coletados os desfechos de sinais e sintomas, percepção de esforço e de percepção subjetiva de recuperação pela escala Likert. Utilizou-se estatística descritiva e para as comparações foi usado a análise de variância para medidas repetidas no esquema de dois fatores com p0,05) e para os sinais e sintomas no período recuperativa. No entanto, durante os jogos, para a ocorrência de algum sinal e sintoma, no grupo TRV foi apresentado por pelo menos uma vez em 11% das idosas durante o jogo Hulla Hoop, 11% no Free Run e 41% no Free Step. Já no grupo TVR-RFS, no jogo Hulla Hoop 17%, no Free Run 29% e no Free Step 58% das idosas relataram algum sinal e/ou sintoma. CONCLUSÃO: Durante a realização dos jogos, os sinais e sintomas apresentarem-se ligeiramente mais elevados no grupo TRV-RFS em relação aos demais grupos, no entanto, não apresentou diferenças significativas no período recuperativo, mostrando que a TRV-RFS não causou risco cardiovascular nas idosas.