Comportamento do Cortisol, Cq e Lactato em Uma Sessão de Resistência Variável
Por álvaro Huerta Ojeda (Autor), Luis Chirosa Rios (Autor), Rafael Guisado Barrilao (Autor), Ximena Huerta Ojeda (Autor).
Em Revista Brasileira de Medicina do Esporte v. 24, n 4, 2018. 6 Páginas.
Resumo
Introdução:
Os exercícios de Resistência Variável (RV) têm sido utilizados para aumentar a potencialização pós-ativação (PPA) das habilidades físicas e, com isso, melhorar o desempenho desportivo dos atletas, mas poucos estudos se referem às alterações sanguíneas do Cortisol, Creatina Quinase Metabólica (CQ-MB), Creatina Quinase Total (CQ-Total) e concentrações de Lactato ([La]), que provocam esse método de treinamento.
Objetivo:
Este estudo avaliou o comportamento sanguíneo do Cortisol, CQ-MB, CQ-Total e [La] em um treinamento de RV. Métodos: Dez atletas militares voluntários com 28,5 ± 4,8 anos; 66,2 ± 2,8 Kg; 171,4 ± 3,7 cm; 22,6 ± 1,2 Kg/m2 e 11,3 ± 2,9% de tecido adiposo fizeram parte do estudo. O projeto foi quase experimental intra-sujeito. As medidas variáveis foram: Cortisol, CQ-MB, CQ-Total e [La], medidos antes e 24 horas após o esforço. O treinamento de intervenção com RV consistia em: quatro séries de cinco repetições de 30% de 1RM, mais quatro repetições de 60% de 1 RM, mais três lançamentos de um projetil de 575g, separados por 15 segundos. A análise estatística foi realizada através de médias repetidas ANOVA para Lactato e um Teste t de Wilcoxon Matched para o Cortisol, CQ-MB e CQ-Total.
Resultados:
Aplicado o treinamento, não foram evidenciadas alterações nos indicadores de fadiga ([La] p = 0,36) e lesão muscular (Cortisol p = 0,16; MB-CQ p = 0,23; CQ-Total p = 0,64).
Conclusão:
O treinamento com RV não apresentou alterações nas variáveis de lesão muscular após 24 horas da sua aplicação, isso garante que as cargas de trabalho não gerem lesões musculares significativas pós-esforço. Nível de Evidência I; Estudo terapéutico: Investigação dos resultados do tratamento.