Comportamento da Força em Idosas: Estudo Referente Ao Treinamento de Membros Inferiores com 6rm, 10rm e 15rm
Por Anna Kareen Coppola Pasche (Autor), Osvaldo Donizete Siqueira (Autor).
Em XI Congresso de Educação Física e Ciências do Desporto dos Países de Língua Portuguesa
Resumo
Quanto mais longa é a vida do indivíduo, torna-se indispensável determinar a extensão
e os mecanismos pelos quais o exercício e a atividade física regular e orientada
podem melhorar a saúde, a capacidade funcional e a independência nesta população.
Sabendo que com o envelhecimento o indivíduo passa por transformações biológicas
e metabólicas, o objetivo deste trabalho foi verificar a diferença no ganho de força
muscular, de membros inferiores, no treinamento de força com 6RM, 10RM e
15RM em mulheres idosas, entre 60 e 74 anos no exercício de "Leg-press".
Participaram deste 21 mulheres com idade média de 65,43±5,07 anos. Aplicou-se o
teste de levantar e sentar da cadeira em 30 segundos para verificar-se a força de
membros inferiores. Os sujeitos foram divididos aleatoriamente em três grupos.
Cada grupo realizou o treinamento com intensidades diferentes, tendo Grupo 1
trabalhado com 6RM, Grupo 2 com 10RM e Grupo 3 com 15RM, todos realizaram
3 séries do exercício. Antes do treinamento os grupos passaram por uma fase da
adaptação que durou 3 semanas, onde todos realizaram 3 séries com 15 repetições.
As sessões foram realizadas duas vezes na semana. O treinamento total teve duração
de 15 semanas. Os resultados no teste de sentar e levantar demonstraram que o
Grupo 1 realizou 13,75±2,43 e 16,88±3,09 (p≤0,01) repetições, respectivamente
no fim da adaptação e no fim do treinamento; o Grupo 2 realizou respectivamente
15,43±1,51 e 17,14±2,54 repetições; e o Grupo 3 realizou respectivamente
14,17±2,32 e 17,50±2,66 repetições. Através dos resultados obtidos pelo teste tstudent para amostras pareadas, verifica-se que existe diferença significativa entre o
fim da adaptação e o fim do treinamento no geral. Verificou-se também que existe
diferença significativa entre os valores comparados para todos os grupos. Portanto,
os três treinamentos foram eficazes para o aumento de força muscular. No entanto,
não foi encontrada diferença significativa quando comparadas as três intensidades
de treinamento realizadas. O ganho de força refletido no pós-teste a partir do aumento
no número de repetições realizadas no teste de sentar e levantar da cadeira levounos a concluir que os exercícios resistidos, indiferente da intensidade utilizada,
aumentam significativamente a força muscular dos membros inferiores em mulheres
idosas, evidenciando a eficácia do protocolo de treinamento aplicado na amostra
em estudo.