Comportamento da Intensidade da Ação Muscular do Membro Inferior Durante Exercícios de Extensão do Quadril
Por Ewertton Bezerra (Autor), Jansen Estrázulas (Autor), Júlio Cerca Serrão (Autor).
Em XI Congresso de Educação Física e Ciências do Desporto dos Países de Língua Portuguesa
Resumo
Introdução: Exercícios que envolvam a extensão do quadril são amplamente utilizados em programas de treinamento esportivo, programas de condicionamento geral e reabilitação. Porém a variável mais analisada tem sido a intensidade da ação que o músculo alcança durante o ciclo do movimento, principalmente em exercícios como o agachamento e a mesa extensora. Sendo assim, o objetivo do estudo foi caracterizar e comparar o comportamento da intensidade da ação do Bíceps Femoral cabeça longa (BF), Vasto Lateral (VL),Tibial Anterior (TA), Gastrocnêmio Medial (GM) e Multífidos Lombares (ML) durante a realização do levantamento terra (LT) e da sua variação com os joelhos estendidos (LTJE).
Materiais e Métodos: Foram verificados sete sujeitos com 26,71±4,99 anos, 177,71±8,86 cm, 88,42±12,39 kg. O sinal eletromiográfico foi adquirido por intermédio do equipamento EMG1000 (Lynx Inc.), composto por um amplificador diferencial de dez canais centrais para eletrodos ativos pré-amplificados. Este ainda possui uma taxa de aquisição máxima de 4Khz por canal. Os eletrodos foram colocados próximos ao ponto motor. O sinal EMG foi normalizado pela média deste, sendo utilizado este valor como referência para determinar os valores expressos da intensidade muscular durante o ciclo dos movimentos. Foram realizados 3 repetições em cada exercícios com 70% da força máxima. Para mensuração dos ângulos articulares utilizou-se um eletrogoniômetro planar no joelho. Para a análise estatística foi utilizado o teste t-student para comparar, separadamente, os valores obtidos em cada movimento, (p<0,05).
Resultados: Os valores da intensidade muscular entre o LT e o LTJE não apresentaram diferenças estatísticas significativas para o BF 1,001±0,247 U.A e 0,986±0,285 U.A, TA 1,040±0,188 U.A e 1,092±0,153 U.A, VL 1,283±0,339 U.A e 1,011±0,146 U.A, ML 1,127±0,427 U.A e 1,060±0,205 U.A e GM 1,038±0,120 U.A e 1,083±0,163 U.A, respectivamente para o LT e o LTJE.
Conclusão: Os resultados demonstram que a estrutura dos movimentos não é suficientemente diferente para condicionar alterações no padrão de atividade muscular, mas mesmo que os músculos não tenham apresentado diferenças entre os dois movimentos, o nível de atividade foi bastante satisfatório, o que aponta uma efetividade destes músculos quando da realização destes dois movimentos.