Comportamento sedentário e incapacidade funcional de participantes da universidade aberta a terceira idade (uati)
Por Emille C.O. Santos (Autor), Rafaela G. Santos (Autor), Lucas L. Galvão (Autor), Rizia R. Silva (Autor), Cristian G. Pereir (Autor), Ickaro R. Vila-Nova (Autor), Sara L. Chaves (Autor), Daniela J. Costa (Autor), Pollyana F.S. Lima (Autor), Douglas A.T Santos (Autor).
Em VI Congresso Brasileiro de Metabolismo, Nutrição e Exercício - CONBRAMENE
Resumo
No envelhecimento ocorre o processo natural chamado declínio funcional que pode levar a incapacidade funcional e acometimento de doenças. Sabe-se que volumes elevados de tempo sentado têm possíveis associações com risco aumentado de obesidade, doenças cardiovasculares, diabetes, câncer e incapacidade funcional. OBJETIVO: Analisar a associação entre o comportamento sedentário (CS) e incapacidade funcional entre participantes da Universidade Aberta a Terceira Idade. MÉTODOS: Estudo transversal com 17 indivíduos, com idade igual ou maior a 60 anos, de ambos os sexos, participantes da oficina de Saúde do Idoso, do programa institucional, Universidade Aberta a Terceira Idade (UATI), da Universidade do Estado da Bahia, Campus X, Teixeira de Freitas. Foi utilizado o Questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ – versão longa), validado para idosos para determinar o CS e as Escalas de Katz e Lawton para a avaliação do estado funcional na realização das Atividades Básicas da Vida Diária (ABVD‘s) e Atividades Instrumentais da Vida Diária (AIVD‘s), respectivamente. O CS total, minutos/dia, foi determinado a partir da média ponderada do tempo sentado em um dia de semana e um dia de final de semana: [(tempo sentado em um dia de semana x 5 + tempo sentado em um dia de final de semana x 2) / 7], sendo considerado elevado CS a partir do percentil 75 (P75 = 405 minutos/dia). Definiu-se como incapacidade funcional para cada domínio a necessidade de ajuda parcial ou total para a realização de, no mínimo, uma atividade da vida diária. Na análise dos dados foram utilizados procedimentos da estatística descritiva e medidas de associação para variáveis categóricas (teste qui-quadrado) com p ≤ 0,05, realizados através do software IBM SPSS versão 20.0. RESULTADOS: A prevalência de incapacidade para as ABVD‘s foi 11,8% e a menor proporção de independência foi para controlar funções de urinar e/ou evacuar e deitar-se ou levantar-se da cama. Para as AIVD‘s a prevalência de incapacidade funcional também foi de 11,8% com menor independência para o uso do telefone, para ir a lugares distantes que exigem tomar condução e fazer compras de alimentos, roupas e de outras necessidades pessoais. A prevalência de elevado CS foi de 11,8%. Não houve associação estatisticamente significantes entre o CS e ABVD‘s (p = 0,77) ou AIVD‘s (p = 0,77). CONCLUSÃO: A diminuição do tempo exposto em atividades sentadas pode contribuir para melhor capacidade funcional.