Comportamentos de risco à saúde em adolescentes escolares da rede federal de ensino da Paraíba, Brasil: uma perspectiva de redes
Por Isabel da Costa Macena (Autor), Fabio Thiago Maciel da Silva (Autor), Rodrigo Alberto Vieira Browne (Autor), Bárbara Gicélia da Silva Araújo (Autor), Ana Caroline Ferreira Campos de Sousa (Autor).
Em XV Congresso Brasileiro de Atividade Física e Saúde - CBAFS
Resumo
Comportamentos de risco entre adolescentes frequentemente coexistem e se influenciam mutuamente. A análise de redes permite compreender essas interações de forma mais integrada. OBJETIVO: Investigar os comportamentos de risco à saúde entre adolescentes do ensino médio, utilizando a análise de redes. MÉTODOS: Trata-se de um estudo transversal realizado com 250 estudantes (idade média: 16,6 ± 1,2 anos; 66,8% meninas) do Instituto Federal da Paraíba, campus Sousa. Os comportamentos de risco à saúde foram avaliados por meio do questionário da Pesquisa Global de Saúde Escolar, incluindo: inatividade física, comportamento sedentário elevado, duração de sono inadequada, consumo ocasional de frutas e verduras, consumo de bebidas alcoólicas, uso de nicotina e uso de drogas ilícitas. As covariáveis analisadas foram idade, sexo, índice de massa corporal e classe econômica. A topologia da rede e os índices de centralidade foram analisados por meio do software JASP. RESULTADOS: Os resultados revelaram que a inatividade física apresentou alto valor de influência esperada (1,674), evidenciando seu potencial de afetar outros comportamentos na rede. O uso de nicotina se destacou por apresentar alta proximidade (0,968) e influência esperada (1,935), sugerindo facilidade de acesso e capacidade de influenciar outros nós. Já o uso de drogas ilícitas apresentou valores elevados de intermediação (2,924), proximidade (2,325) e força (2,471), indicando seu papel central na dinâmica da rede e sua relevância nas conexões entre os comportamentos. CONCLUSÃO: Conclui-se que a inatividade física, o consumo de nicotina e o uso de drogas ilícitas se configuram como os principais comportamentos de risco entre adolescentes, com forte influência sobre outros comportamentos prejudiciais. Esses achados reforçam a importância de estratégias integradas de prevenção e promoção da saúde que considerem a interconexão entre comportamentos, priorizando ações escolares voltadas à redução desses riscos entre adolescentes.