Comportamentos de Risco Para os Transtornos Alimentares Podem Reduzir o Consumo Máximo de Oxigênio em Ciclistas de Estrada?
Por Leonardo de Sousa Fortes (Autor), Gustavo César Vasconcelos (Autor), Lilyan Carla Vaz Mendonça (Autor), Pedro Pinheiro Paes (Autor), Santiago Tavares Paes (Autor), Jeferson Macedo Vianna (Autor).
Em Revista Brasileira de Cineantropometria & Desempenho Humano v. 19, n 3, 2017. Da página 1 a 10
Resumo
O objetivo da pesquisa foi comparar o consumo máximo de oxigênio (VO2máx) entre ciclistas de estrada com e sem risco para o desencadeamento de transtornos alimentares. A amostra foi composta por 43 ciclistas com idade entre 18 e 25 anos, participantes do campeonato pernambucano de ciclismo de estrada. O VO2máx foi mensurado por um analisador metabólico computadorizado no decorrer de um teste incremental realizado em cicloergômetro. A carga inicial do teste foi 50 W, com incrementos de 25 W a cada minuto até atingir a exaustão voluntária ou impossibilidade de manter a carga atual. Para avaliar os comportamentos de risco para os transtornos alimentares (CRTA) foi utilizado o Eating Attitudes Test (EAT-26). Conduziu-se a análise univariada de covariância (ANCOVA) para comparar o VO2máx entre ciclistas com (EAT-26≥21) e sem riscos (EAT-26<21) para os transtornos alimentares. Os achados revelaram diferença estatisticamente significante do VO2máx entre ciclistas com e sem risco para os transtornos alimentares (F(2, 41)=28,44; p=0,01), indicando moderado tamanho do efeito (d=0,6). Concluiu-se que os CRTA estiveram relacionados aos ciclistas com menor VO2máx.