Composição corporal e nível de atividade física em pacientes pós covid-19
Por Wendell Costa Bila (Autor), Andresa Machado e Silva (Autor), Jeniffer Rafaela Silva Costa (Autor), José Vitor Vieira Salgado (Autor), Cezenário Gonçalves Campos (Autor).
Em II Simpósio Internacional de Fisiologia do Exercício e Saúde
Resumo
A pandemia da doença coronavírus 2019 (COVID-19) criou uma crise de saúde pública. A composição corporal é um importante indicador nutricional, cujo conhecimento permite a subdivisão do peso corporal em alguns componentes, principalmente massa magra ou massa livre de gordura e massa gorda corporal dos indivíduos. Objetivo: Avaliar massa magra e gordura corporal em pacientes pós-COVID19, correlacionando-as com tempo de internação, pré e pós-internação e nível de atividade física dos pacientes, especificando a gordura segmentar relativa. Metodologia: Estudo observacional, transversal, com análise quantitativa e amostra de conveniência, aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade do Estado de Minas Gerais. Foram convidados a participar da pesquisa pacientes em atendimento/reabilitação no setor de fisioterapia/ambulatório de um Centro Regional de Reabilitação, com histórico de diagnóstico de COVID-19, com idade igual ou superior a 20 anos, de ambos os sexos. A massa corporal magra e a gordura corporal foram obtidas pela avaliação da bioimpedância elétrica tetrapolar horizontal. A segmentação da gordura corporal foi coletada medindo-se a espessura das dobras cutâneas. O nível de atividade física foi obtido por meio do Questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ). O histórico de internações foi obtido através do preenchimento da ficha cadastral. Resultados: Foram analisados dados de 20 pacientes. A massa corporal magra média encontrada foi de 69,7% e 30,3% de gordura corporal. Não houve correlação entre sedentarismo e massa magra. 50% dos pacientes apresentavam comorbidades prévias e 50% apresentavam forma leve de infecção por COVID-19. 10% necessitaram de hospitalização e suporte ventilatório. 85% eram fisicamente ativos ou muito ativos. Houve maior presença de gordura corporal na região abdominal e suprailíaca. Conclusão: A massa corporal magra mostrou-se superior a outros estudos realizados e não foi encontrada correlação estatisticamente significativa entre ela e histórico de internação, tempo de doença e nível de atividade física. As regiões com maior participação de gordura corporal foram a abdominal e a supra-ilíaca, importantes por razões inflamatórias e fatores de risco para diversas doenças, especialmente doenças cardiovasculares.