Composição Corporal de Ginastas Portuguesas
Por Maria Raquel Gonçalves Silva (Autor).
Em XI Congresso de Educação Física e Ciências do Desporto dos Países de Língua Portuguesa
Resumo
Sabe-se que a prática de exercício físico intenso condiciona a composição
corporal. A ginástica, devido ao seu volume de treino, a nível físico e
psicológico, torna-se numa modalidade desportiva que exige, das suas
praticantes, corpos delgados e de reduzido peso. É ainda de realçar o facto
da carreira destas atletas ser muito curta, daí abrangendo idades muito
jovens, onde ocorrem importantes e determinantes processos de formação
e de crescimento, que se repercutirão na vida adulta. O objectivo deste
estudo é avaliar a composição corporal em jovens atletas do sexo feminino
praticantes de ginástica rítmica e de ginástica artísitica feminina (n=44),
com idades compreendidas entre os 7 e os 19 anos. A metodologia utilizada
baseia-se na caracterização do treino, da história clínica e ginecológica, e
na avaliação da composição corporal. A composição corporal foi avaliada
por antropometria, com medição do peso, estatura, perímetros (do braço,
da cinta e da anca) e pregas cutâneas (tricipital, bicipital, sub-escapular e
s upr a - i l í c a c a ) , a s s im como impedânc i a bioe l é c t r i c a . Os r e s u l t ados
p re l imi n a re s d a ava l i a ç ã o a n t ro p omé t r i c a re ve l am q u e a s g i n a s t a s
apresentam valores de massa magra elevados (93.2%±1.65) e de massa
gorda reduzidos. (6.8%±1.65). As ginastas apresentam um valor de massa
gorda inferior ao desejável para a idade, um atraso na idade da menarca e
perturbações no normal funcionamento do ciclo menstrual.