Resumo

O artigo discute a dimensão e a possibilidade comunitárias do esporte, a partir da crítica a uma determinada tecnologização das performances dos atletas e dos resultados dos jogos, sob os auspícios do mercado e da espetacularização. O texto se vale das descobertas de Caillois acerca do conceito de jogo e de suas atitudes elementares, a saber: competição, acaso, simulacro e vertigem. A partir daí investiga o jogo como modo de convivialidade, sob a luz das propostas de Schechner e de autores que discutem comunidade. A tecnologização generalizada do esporte – preconizada pela chamada “ciência do esporte” – ligada a uma determinada espetacularização mercadológica da competição tem buscado uma diminuição sistemática do acaso e imposto regras extracomunitárias ao esporte, que acaba por dissolver aquilo que no esporte é sua razão de ser: o próprio jogo. 

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