Resumo

O  futebol  é  predominantemente  caracterizado  como  uma  prática  aeróbica,  no entanto, considerando algumas etapas específicas, a amplificação exponencial da velocidade é necessária para aumentar a probabilidade de sucesso.Dessa maneira, a recuperação irregular aumenta a probabilidade de efeitos negativos no desempenho.
Objetivo:  Analisar  os  efeitos  da  crioterapia  nos  parâmetros  de  lactato,  creatina  quinase  (CK)  e lactato desidrogenase (LDH) no período de recuperação após uma partida de futebol amador e identificar se a percepção subjetiva do esforço (PSE) é um bom marcador de intensidade.
Métodos:  Inicialmente participaram vinte jogadores com idades entre 20 e 36 anos, no entanto, quatro foram excluídos  das coletas de lactato e cinco das coletas de CK e LDH.Totalizando  então, 16  participantes  para  coleta  de  lactato  e  cinco  15  para  coleta  de  CK  e  LDH.Os  jogadores  foram submetidos a 10 minutos de crioterapiano final da partida  em um tambor de 250 litros com água a uma temperatura de 5º ± 1º C até a espinha ilíaca ântero-inferior.
Resultados:  Não  foi  observada  diferença  estatística  em  relação  ao  fator  de  crioterapia  nos marcadores lactato (p = 0,143), CK (p = 0,74) e LDH (p = 0,71). Nas análises do PSE, foi encontrada uma correlação entre o PSE médio 6-20 (13 ± 1,11) realizado no final da primeira (12,13 ± 1,12) e a segunda metade (13,86 ±  1,19) com o PSE 0-10 aplicado por 30 minutos após o final do jogo (3,73 ± 1,16).
Conclusão:  A  crioterapia por imersão não tem efeitos moduladores nas concentrações de lactato, CK ou LDH em jogadores de futebol amador, e que tanto o PSE 6-20 quanto o PSE 0-10 podem ser utilizados como uma ferramenta para identificar a intensidade do exercício.

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