Resumo

Este trabalho teve como objetivos identificar a concepção de corpo para os discentes do curso de educação física e como compreendem como deve ser o corpo do profissional dessa área. A pesquisa foi do tipo qualitativa, a partir da técnica do grupo focal e contou com a participação de oito discentes, homens e mulheres do primeiro e do último período do curso de educação física da UFVJM. Houve dois encontros do grupo focal de aproximadamente 90 minutos cada; no primeiro foi desenvolvido quatro práticas corporais, sendo uma de desporto adaptado, uma colaborativa, uma competitiva e uma com situações em que as possibilidades do corpo pudessem ser sentidas e refletidas a partir de obstáculos a serem superados (andar com os olhos vendados, subir e descer de um banco). No segundo encontro foi discutido as concepções de corpo dos discentes, tanto a partir das vivencias corporais do primeiro encontro como pelas compreensões que os mesmos tinham sobre esse conceito. Como resultado, a maioria dos participantes da pesquisa entenderam o corpo como uma construção cultural e que ele traduz emoções, sendo assim uma forma de linguagem, e resultado de experiências adquiridas, mesmo não tendo clareza teórica sobre o que é corpo e cultura. Mas também existe um padrão de normalidade do corpo, sendo esse o que é comum na maioria das pessoas, aceito por uma cultura e veiculado nos meios de comunicação. Sobre o corpo do profissional de educação física, os discentes do primeiro período entenderam em sua maioria, que deve ser um “modelo” a ser seguido enquanto a maioria daqueles do último período destacaram a importância de questionar tais padrões. Destaca-se a importância de conteúdos teóricos e práticos que conceituem sobre o corpo e possibilitem aos discentes diversas vivências corporais que os ajudem a conhecer melhor o seu corpo.

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