Resumo

Este estudo teve por objetivos comparar o Nível de Condutibilidade da Pele (NCP), um indicador de estresse psicofisiológico, e a reatividade ao estresse entre homens adultos com diferentes níveis de condicionamento aeróbio. Para tanto, 10 indivíduos com condicionamento superior (S; VO2max 57,2 +- 2,9ml.kg-1 . min-1) e 10 com condicionamento razoável (R; VO2max 43,4 +- 4,6ml.kg-1 . min-1) foram submetidos a um teste de estresse, por meio de estímulos apresentados no monitor de um computador. O teste consistiu de dois minutos iniciais de relaxamento, 45s de exposição a um estímulo estressor e um minuto final de relaxamento. Durante as três fases, foi medido o NCP dos indivíduos em µ Siemens (µS), a cada 0,1s, com um sistema de Biofeedback. Como resultado, as medidas de NCP dos dois grupos diferiram significativamente (p<0,001) nas três fases do teste, sendo que o grupo S apresentou menores valores do que o grupo R em todas elas: na fase de relaxamento inicial, o grupo S apresentou valores de 3,47 +- 0,12µS (Média +- DP) e o grupo R de 4,75 +- 0,40µS; durante o estímulo estressor, o grupo S apresentou valores de 3,85 +- 0,25µS, contra 5,19 +- 0,38µS do grupo R, e no período final de relaxamento, o grupo S apresentou valores de 3,89 +- 0,21µS e o grupo R 4,92 +- 0,39µS. Durante a exposição ao estímulo estressor, não houve diferença significativa quanto ao ΔNCP calculado entre os grupos S e R (0,51 +- 0,22 contra 0,47 +- 0,37; respectivamente; p=0,76); todavia, a inclinação da reta de regressão do NCP para o grupo S (b=0,051) foi menor do que a do grupo R (b=0,072). Ainda que o NCP seja apenas um dos indicadores do nível de estresse psicofisiológico, os resultados apresentados pelo grupo S nas três fases do teste sugerem que indivíduos mais bem condicionados aerobiamente têm melhor capacidade de relaxamento frente a um estímulo estressor.

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