Condutância Vascular Aumentada em Indivíduos Fisicamente Ativos Filhos de Hipertensos
Por Leonardo Almeida (Autor), Isabelle Freitas (Autor), Pedro Mira (Autor), Daniel Martinez (Autor), Mateus Laterza (Autor).
Em Revista Brasileira de Atividade Física & Saúde - RBAFS v. 21, n 6, 2016.
Resumo
Objetivou-se testar a hipótese de que a prática regular de exercício físico melhora a função vascular de filhos de hipertensos em repouso. Foram avaliados 13 indivíduos fisicamente ativos filhos de hipertensos (FHA) e 22 indivíduos sedentários filhos de hipertensos (FHS), pareados por idade (22,5±2,9 vs. 23,8±2,7 anos, p=0,18) e IMC (23,8±1,9 vs. 23,0±3,0 kg/m², p=0,45). Foram registrados, simultaneamente, a frequência cardíaca, a pressão arterial, minuto a minuto (método oscilométrico – DIXTAL 2022®) e o fluxo sanguíneo do antebraço (pletismografia de oclusão venosa – Hokanson®), continuamente, durante 3 minutos em repouso. A função vascular foi avaliada por meio da condutância vascular do antebraço, calculada pela divisão do fluxo sanguíneo do antebraço pela pressão arterial média e multiplicada por 100. Foi adotado significância de p≤0,05. Como resultados, em condições basais, os grupos FHA e FHS foram semelhantes para pressão arterial sistólica (124 ± 9 vs. 121 ± 11 mmHg, p=0,42), diastólica (64 ± 5 vs. 64 ± 5 mmHg, p=0,94), média (84 ± 6 vs. 83 ± 7 mmHg, p=0,71) e fluxo sanguíneo do antebraço (3,6 ± 1,1 vs. 2,9 ± 0,9 ml/min/100ml, p=0,06). Mas, o grupo FHA apresentou menor valor de frequência cardíaca de repouso (61 ± 7 vs. 70 ± 8 bpm, p<0,01) e maior condutância vascular do antebraço (4,3 ± 1,3 vs. 3,4 ± 1,0 unidades, p=0,05). Conclui-se que indivíduos fisicamente ativos filhos de hipertensos apresentam melhor função vascular em situação de repouso.