Condutas Motoras Utilizadas Por Idosas na Realização do Teste Timed Up And Go
Por Hérica Emília da Costa Pasqualini (Autor), Gustavo Pasqualini de Sousa (Autor), Luiz Alberto Batista (Autor), Christian Rodrigues (Autor), Jomilto Santos (Autor).
Em XI Congresso de Educação Física e Ciências do Desporto dos Países de Língua Portuguesa
Resumo
O uso de testes como forma de estimar-se o status das funções motoras de pessoas
que participam de programas de atividade física é um evento de fundamental
importância. O teste Timed up and go (TUG), adaptado a partir do Get up and go
(PODSIADLO & RICHARDSON, 1991), é utilizado em adultos jovens e em pessoas idosas,
com objetivo, principalmente, de testar a mobilidade e a capacidade de locomoção.
No caso específico dos idosos este procedimento é de interesse, por ter sido
demonstrado que seus escores podem ser relacionados com o risco de queda durante
a deambulação nesta população (SHUMWAY-COOK, 2000; GUIMARÃES, 2004). O
protocolo do TUG estipula que o testado deve, partindo de uma posição sentada,
levantar-se, andar por 3 metros, fazer a volta, retornar e sentar-se. O escore é obtido
através do tempo, em segundos, que o indivíduo leva para cumprir a tarefa (REYMARTÍNEZ et al., 2005), não importando a forma como a conduta motora foi realizada.
Entendemos ser esta uma limitação do teste, pois que duas pessoas podem realizar
a tarefa no mesmo tempo, utilizando movimentos diferentes, o que pode indicar
instabilidades corporais diferenciadas. Diante disto o presente estudo teve como
propósito comparar o delineamento das condutas motoras utilizadas na realização
do teste com o tempo obtido como resultado da cronometragem protocolar. Foram
examinadas 18 idosas da cidade de Juiz de Fora, sendo 9 fisicamente ativas e 9
sedentárias. Para o exame da conduta motora foram considerados os seguintes
fatores: Apoio de MMSS; Apoio dos pés no chão; Alinhamento dos pés; Posição
dos MMII; Balanço dos MMII e Flexão de tronco. Os indivíduos foram organizados
em intervalos temporais de forma a reduzir a interferência do tempo na análise dos
fatores. Como resultado obtivemos que o tempo de execução da tarefa variou entre
7,09s e 11, 65s, com a seguinte distribuição: 23,53% (7,9¦8); 35,30% (8¦9); 17,65%
(9¦10); 11,76% (10¦11) e 11,76% (11¦11,76). Com exceção da Flexão de tronco, a
variabilidade esteve presente para todos os fatores, mesmo para os indivíduos
pertencentes ao mesmo intervalo temporal, sendo mais expressiva para o Apoio
dos pés no chão e Alinhamento dos pés. Concluímos que: é possível que os indivíduos
realizem condutas motoras diferenciadas, não obstante apresentarem o mesmo
tempo, sendo, portanto recomendado que sejam consideradas outras informações,
para além do tempo, na determinação do escore neste tipo de teste.