Confiabilidade e reprodutibilidade da medida de diferentes manifestações da força muscular
Por Osvaldo Costa Moreira (Autor), Claudia Eliza Patrocínio de Oliveira (Autor), Sandro Fernandes da Silva (Autor), Ítalo Santiago Alves Viana (Autor), Daniela Bárbara Moreira Martins (Autor).
Em Revista Brasileira de Fisiologia do Exercício (RBFex) v. 21, n 5, 2022.
Resumo
Estudos que avaliam a reprodutibilidade dos testes de CVIM e potência muscular são escassos e, muitas vezes, com baixa aplicabilidade prática. Objetivo: Avaliar a confiabilidade e a reprodutibilidade de testes para a medida de diferentes manifestações da força muscular. Métodos: Foram avaliados 19 homens saudáveis, com 23,36 ± 2,35 anos, com 1,82 ± 0,06 m e 80,17 ± 11,57 kg, sem experiência com treinamento de resistido (TR) e sem vivência com os protocolos dos testes realizados. Os voluntários foram submetidos a duas avaliações de força máxima isométrica (CVIM), força máxima dinâmica (1RM), e potência muscular, respectivamente, separadas por 72h. Resultados: Para todos os protocolos de avaliação da força muscular foi encontrado um coeficiente de correlação intraclasse (CCI) com força de concordância alta a muito alta (CCI ≥ 0,79). No entanto, todas as medidas apresentaram coeficiente de variação (CV) moderados: CVIM (CV = 12,0%), potência muscular média a 40%, 60% e a 80% da 1RM (CV = 16,2%, 11,0% e 14,0% respectivamente) e potência muscular pico (PP) a 60% e a 80% da 1RM (CV = 11,8% e 13,3% respectivamente), à exceção da RM (CV = 6,4%), e da PP a 40% de 1RM (CV = 5,8%), com um erro padrão de medida (EPM) aceitável. Conclusão: Os valores altos a muito altos para o CCI indicam uma excelente confiabilidade das medidas nas diferentes manifestações de força muscular, no entanto, visto que os voluntários não tinham experiência com TR, recomenda-se um processo de familiarização prévio à realização dos testes, no sentido de melhorar os indicadores de reprodutibilidade dos mesmos.