Resumo

Avaliar o conhecimento de profissionais de saúde sobre a existência ou não de associação entre inatividade física e oito morbidades (diabetes, hipertensão arterial, aids, osteoporose, câncer de pulmão, depressão, cirrose hepática e infarto agudo do miocárdio). Foi realizado um estudo transversal em uma amostra representativa de 1.600 unidades básicas de saúde do Brasil; a população elegível incluía 1/3 de médicos, 1/3 de enfermeiros e 1/3 de agentes comunitários de saúde. A média de acertos observada foi de 6,3 questões. A proporção de profissionais que acertaram sete ou oito questões foi de 68% (IC95%: 60-75) entre os médicos, 54% (IC95%: 48-59) entre enfermeiros e 43% (IC95%: 40-55) entre agentes comunitários de saúde. O percentual de acertos dos médicos foi estatisticamente superior (p<0,001) ao dos enfermeiros e agentes comunitários de saúde, mas a proporção de acertos não diferiu entre enfermeiros e agentes comunitários (p=0,16). O percentual de acertos não variou significativamente conforme sexo, idade e nível de atividade física. Políticas públicas voltadas à educação são indispensáveis para instrumentalizar profissionais que trabalham em unidades básicas de saúde no Brasil sobre os efeitos da inatividade física sobre a saúde.

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