Conseguem os nadadores guiar o seu ritmo de nado através da perceção subjetiva de esforço ?
Por Gonçalo Torres (Autor), Filipe Maia (Autor), Ricardo Oliveira (Autor), Teresa Figueiras (Autor), Henrique Neiva (Autor), Fábio Yuzo Nakamura (Autor).
Resumo
Atualmente, os métodos mais utilizados para avaliar a carga interna de treino (TL) baseiam-se nos dados da frequência cardíaca (HR) como medida para medir a intensidade do exercício. No entanto, a avaliação de métodos indiretos, tais como a perceção subjetiva de esforço (RPE) - uma ferramenta psicofisiológica para avaliar a perceção subjectiva do esforço durante o exercício - torna-se prática e útil. Este estudo tem como objetivo relacionar as intensidades em natação baseadas nos valores de RPE com a identificação de marcadores-chave de desempenho, como a velocidade, a distância de ciclo (SL), a frequência gestual (SR) e os métodos baseados na HR para verificar se a produção de RPE é um método fiável para prescrever a intensidade na natação. Oito nadadores (4 homens, 4 mulheres) bem treinados (idade 15,8±2,3 anos) realizaram nove séries de 200m, três em cada uma das técnicas de crawl, costas e bruços, com RPEs de 5 (forte), 7 (muito forte) e 9 (extremo) na Escala CR-10 de Borg. Foram observados efeitos significativos do RPE na velocidade, SR, SL, HR média e máxima, enquanto os efeitos da técnica de nado foram observados na velocidade, SR e SL. Estes resultados sugerem que a produção de RPEs de 5, 7 e 9 pode ser uma abordagem adequada para os nadadores orientarem o seu ritmo em contexto de treino