Resumo

Este artigo aborda as tensões e disputas geradas durante o processo de disseminação da Capoeira como possibilidade de prática corporal em Vitória da Conquista-BA, analisando os relatos do Mestre Sarará, apontado na cidade como um dos principais disseminadores da Capoeira nas décadas de 1960 e 1970. Para tanto, buscou-se como base teórico-metodológica as produções de Nora (1993), Fentress e Wickham (1992), Portelli (1997) e Meihy (2010). As lembranças dos conflitos guardadas na memória deste mestre possibilitaram investigar os meandros do processo de disseminação da Capoeira em Vitória da Conquista. Os resultados apontam a presença do discurso racista, da discriminação e da exclusão socioeconômica, na imposição de barreiras ao desenvolvimento e sustentabilidade de espaços para a prática na cidade.

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