Construindo uma pedagogia do esporte colaborativa: uma experiência ativista com o futsal feminino adulto
Por Mariana Zuaneti Martins (Autor), Leticia Carvalho de Souza (Autor), Gabriela Borel Delarmelina (Autor), Lucas Teixeira Morais (Autor), Iago Santos Barreto (Autor).
Em IV Congresso Internacional de Pedagogia do Esporte - CIPE
Resumo
São escassos os projetos comunitários de participação no futsal para mulheres adultas. A maioria desses espaços se circunscreve a equipes que se reúnem de forma intermitente para disputa de torneios amadores. Assim, o projeto "futsal feminino universitário" foi desenvolvido na UFES para acolher mulheres que desejavam aprender ou praticar futsal com o intuito de lazer e saúde. A fim de construir esse ambiente como seguro, diante da sua composição plural e de níveis heterogêneos de experiência, a abordagem ativista (Lughetti, 2016) foi mobilizada para atender as demandas e interesses das participantes e co-desenhar as aulas/treinos. Objetivo: Construir um ambiente ativista e feminista de iniciação, treinamento e prática de futsal para mulheres adultas Desenvolvimento: (1) os princípios da pedagogia do esporte que utilizamos como norteadores dos treinos são a utilização de jogos possíveis, foco na participante e no sentido que ela imprime à prática esportiva e jogos reduzidos que proporcionam o protagonismo. (2), por conseguinte, dividimos por níveis autodeclarados para que pudéssemos dar foco em demandas diferentes para especificidade de cada grupo. (3) começamos a criar ambientes para ouvir as percepções das participantes. Essa escuta sistemática revelou um espaço de construção de vínculos e sociabilidade, de modo que as trocas e aprendizados advinham dessas interações. A partir das demandas visualizadas pelas participantes e a solidificação desses vínculos, os processos de colaboração entre as alunas viabilizaram a junção dos níveis de aprendizados. Esse processo colaborativo possibilita repensar e recriar os jogos, a partir das demandas construídas em colaboração. Sugestões: É um desafio a formação de treinadoras/es ativistas que atendam a necessidade de elaboração de espaços de escuta dentro das sessões de treinos que não interrompam a dinâmica das atividades e não concorra com o prazer do jogo.