Resumo

Estudos demonstram que, em geral, os idosos consomem menos alimentos protetores (legumes, verduras, frutas e cereais integrais) e maior ingestão de ingestão de alimentos não protetores (carnes processadas, açucares e bebidas alcoólicas). Uma dieta balanceada é um fator importante para manutenção da saúde e funcionalidade da população idosa, associada a prática de exercícios físicos. Desta forma é importante avaliar se a prática de exercícios físicos contribui para a mudança do consumo alimentar dos idosos. OBJETIVO: Avaliar o consumo alimentar de idosos submetidos a um programa de treinamento físico. MÉTODOS: Quarenta e dois indivíduos idosos saudáveis (H=10, M=32) (63,9 ± 5,8 anos) foram aleatoriamente divididos em três grupos. Foram incluídos 44 idosos (68,2 ± 7,1 anos), de ambos os sexos, aleatorizados para os grupos treinamento de força com restrição do fluxo [TFRFS] (n=18), treinamento de força de alta intensidade [TF] (n=14) e o treinamento aeróbio [TA] (n=17). O cálculo amostral sugeriu (n=12) por grupo, com efeito do tamanho de 0,8 erro α a 0,05 e poder de 95% (G*power 3.1.9.7). O grupo TF executou 4 séries de 15 reps na cadeira extensora e leg press, com intervalo entre 60 a 90s. O grupo TFRFS executou 3-4 séries de 15 reps, com 60s de intervalo, na cadeira extensora e leg press, com pressão de 80% da pressão de oclusão da coxa, que foi mantida durante a realização do exercício. O TA realizou exercício na esteira entre 15 e 20 minutos na intensidade relativa à percepção de esforço entre 6-8 de acordo com a escala de esforço adaptada de Borg, em 2x/sem. O consumo alimentar (CA) foi realizado por meio do instrumento Dietary Screening Tool (DST) que avalia a qualidade da dieta por meio de escores (0 - 100), caracterizando os indivíduos em três níveis de risco: presença de risco alimentar (0 - 60), possível risco alimentar (60-75) e sem risco alimentar (75-100). O CA foi realizado antes e após 12 semanas de intervenção. RESULTADOS: Houve aumento do consumo alimentar somente no grupo TFAI do pré para pós intervenção (p = 0,022), sem diferença significante entre os grupos (p>0,05). O aumento do CA, mudou o risco alimentar do grupo TFAI (presença de risco vs possível risco). CONCLUSÃO: O treinamento de força aumentou a qualidade da dieta e reduziu o risco alimentar dos idosos.