Resumo

O consumo de cafeína é predominante em todo o mundo. Durante o ano de 2020, o consumo per capita de café no Brasil variou entre 4,76 e 5,10 kg/ano.  Nos jogadores de futebol, descobriu-se que o consumo dessa substância melhora o tempo de reação, a atenção e a resistência aeróbica e anaeróbica. Ainda é incerto o efeito que ela pode ter especialmente sobre os resultados de desempenho mental.

Objetivo: Elucidar os mecanismos fisiológicos, doses e efeitos da suplementação de cafeína sobre a fadiga mental em jogadores de futebol e identificar estudos sobre esse tema.

Metodologia: Foi realizada uma revisão narrativa com pesquisa no PubMed, Epistemonikose Google Scholar usando os termos combinados: “Caffeine Supplementation AND Perception of Fatigue AND soccer, onde foram selecionados estudos experimentais publicados nos últimos cinco anos como filtros.

Resultados: Foram selecionados cinco estudos experimentais, compreendendo 85 jogadores de futebol (masculino e feminino), com idade média de 20,60 anos. Para a análise, foram incluídos jogadores de nível universitário, juvenil e amador, divisão I, jogadores profissionais e Primeira Divisão. A maioria dos estudos não mostra diferenças estatisticamente significativas (p>0,05) no efeito do consumo de cafeína sobre a percepção do esforço, fadiga e desenvolvimento cognitivo quando comparada a outras substâncias energéticas, carboidratos e placebo. Não foram encontrados estudos que avaliassem o efeito dessa substância sobre a fadiga mental.

Conclusão: O consumo de cafeína sozinho, isolado ou combinado com outras substâncias (por exemplo, carboidratos) poderia melhorar os parâmetros relacionados à percepção de fadiga, cognição e esforço percebido. No entanto, o conjunto de provas que sustentam essa descoberta no futebol é insuficiente.

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