Consumo de Oxigênio e Gasto Energético Durante e Depois de Brincadeiras de Rua, Vídeo Games Ativos e Tv
Por Suliane Beatriz Rauber (Autor), Pierre Soares Brandão (Autor), José Fernando Vila Nova de Moraes (Autor), Bibiano Madrid (Autor), Herbert Gustavo Simões (Autor), Carmen Silvia Grubert (Autor).
Em Revista Brasileira de Medicina do Esporte v. 24, n 5, 2018. 4 Páginas. Da página 338 a 342
Resumo
Introdução: A prática de atividade física tornou-se menos frequente a partir dos anos 80, mesmo entre crianças mais ativas. Objetivo: Analisar o consumo excessivo de oxigênio pós-exercício (EPOC) e o gasto energético total (TEE) em crianças durante e após três atividades distintas. Métodos: Dezesseis crianças saudáveis (9,6 ± 0,1 anos) foram submetidas aleatoriamente aos seguintes procedimentos com duração de 30 minutos em dias diferentes: (a) brincadeiras tradicionais (PLAY), (b) videogame ativo (Dance Dance Revolution, DDR) e (c) assistir à televisão (TV). O consumo de oxigênio (VO2) foi medido em repouso, no 10º, 20º e 30º minuto de intervenção e 40 minutos depois da intervenção. O TEE também foi calculado. Resultados: No final da intervenção, o VO2 aumentou 330% e 166% para PLAY e DDR, respectivamente, em comparação com o repouso. Observou-se que o EPOC no PLAY ocorreu aos 10, 20 e 30 minutos depois da intervenção, de 7,00 ± 1,02 (em repouso) para 10,83 ± 0,94, 10,03 ± 0,58 e 9,80 ± 0,77 mL.kg-1.min-1, respectivamente. O EPOC no DDR ocorreu apenas no 10º minuto pós-intervenção (7,04 a 8,61 mL.kg-1.min-1, p < 0,01). Após a intervenção, o TEE no PLAY foi maior que em DDR e TV (112,08 ± 19,45 vs. 56,98 ± 6,34 vs. 36,39 ± 4,5 kcal, p < 0,01), respectivamente. Conclusões: O PLAY induziu as crianças a maior VO2 durante a atividade e maior EPOC e TEE com relação a DDR e TV. Nível de evidência A1b; Estudo cruzado.