Resumo

Testes incrementais são comumente utilizados para predizer respostas metabólicas durante exercício retangular, porém, em alguns casos, os resultados preditos e observados podem não ser semelhantes. Objetivo principal: Verificar a hipótese de que o VO2 determinado em algumas intensidades do domínio severo, durante teste incremental, é menor do que os valores observados em testes retangulares. Procedimentos metodológicos: Oito homens fisicamente ativos (21,5 ± 4 anos, 73,7 ± 5,3 kg e 180,8 ± 4,1 cm) realizaram: 1) teste incremental em cicloergômetro para determinação do VO2 das intensidades (VO2INC); 2) testes retangulares em três intensidades severas (Leve (L), Média (M) e Pesada (P)) para comparar o VO2 (VO2RET) observado com o VO2INC correspondente, adicionalmente, determinar a potência crítica (PCrit); 3) teste retangular na intensidade da PCrit para comparar a resposta temporal do VO2 com P, M e L em quatro momentos. Resultados: O VO2INC, na intensidade L, subestimou o VO2RET (3,2 ± 0,5 vs. 3,8 ± 0,6 l.min-1), não houve diferença nas outras intensidades (M: 3,5 ± 0,5 vs. 3,6 ± 0,5 l.min-1; P: 3,7 ± 0,5 vs. 3,4 ± 0,6 l.min-1; PCrit: 2,7 ± 0,5 vs. 3,0 ± 0,6 l.min-1). O VO2 na PCrit foi menor em todos os momentos, apresentou estabilização e não atingiu o VO2max. Inicialmente, na intensidade L, o VO2 foi menor do que seus pares. Contudo, no momento final, atingiu o VO2max e se igualou às outras intensidades severas. Conclusão: O teste incremental subestima o VO2 observado em testes retangulares para intensidades mais leves do domínio severo.

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