Consumo de Oxigênio de Recuperação em Resposta a Duas Sessões de Treinamento de Força com Diferentes Intensidades
Por Ana Paula Viola de Almeida (Autor), Marcelo Coertjens (Autor), Eduardo Lusa Cadore (Autor), Jean Marcel Geremia (Autor), Adriano Eduardo Lima da Silva (Autor), Luiz Fernando Martins Kruel (Autor).
Em Revista Brasileira de Medicina do Esporte v. 17, n 2, 2011.
Resumo
O objetivo do presente estudo foi comparar o comportamento do consumo de oxigênio ( O2) em resposta a uma sessão de treinamento de força (TF) com objetivo em hipertrofia muscular (HP) com uma sessão com objetivo em resistência muscular localizada (RML). Nove indivíduos do sexo masculino (23,1 ± 2,1 anos) foram recrutados para este estudo. A força muscular dinâmica foi mensurada através do teste de 1RM. O O2 foi coletado durante o repouso e 10 minutos de recuperação com um analisador de gases (CPX/D). As sessões foram compostas por um exercício de membros superiores (supino) e um de membros inferiores (agachamento), e compreenderam a execução de três séries de 6-8 repetições máximas (RM) a 80% de 1RM para HP e 15-20 RM a 55% de 1RM para RML. Foram analisados os dados de O2 pós-exercício (EPOC), gasto energético (GE) de recuperação e constante de tempo de O2 (CT). Foi observado que ambas sessões provocaram comportamento significativamente elevado de O2 durante os 10min de recuperação em relação aos valores de repouso. Não houve diferenças significativas entre os valores de EPOC (litros) para HP (2,21 ± 0,54) e RML (2,60 ± 0,44), GE (kcal) para HP (10,36 ± 2,53) e RML (12,18 ± 2,04) e CT (segundos) para HP (56 ± 7) e RML (57 ± 6) (p > 0,05). Esses resultados demonstraram que uma sessão de TF com objetivo em RML é capaz de causar distúrbios metabólicos semelhantes àqueles provocados por uma sessão de HP, mesmo que seja em menor intensidade relativa a carga máxima.